Os sons que os dinossauros que viviam na Terra há 70 milhões de anos faziam foram recriados em experimentos de uma cientistas, que permitiram que o público geral testasse como seria a “voz” dos gigantes.
A pesquisadora Courtney Brown, professora associada da Southern Methodist University, buscou na música uma solução para simular como eram os sons do nosso planeta no período Cretáceo.
Os objetos são construídos como instrumentos musicais com formatos baseados nos crânios do Corythosaurus, também conhecido como dinossauro bico de pato.
Brown criou o chamado Coral de Dinossauros a partir de tomografias computadorizadas do hadrossauro adolescente, imprimindo em impressoras 3D a crista da cabeça e as vias aéreas do dinossauro, além das câmaras de ressonância que transmitiam seus chamados quando viviam.
Na pandemia, a pesquisadora se uniu a Cezary Gajewski, professor associado de estudos de design na Universidade de Alberta, no Canadá, para criar uma possibilidade de mostrar o experimento sem que os visitantes precisassem tocar os instrumentos.
Para funcionar, um sensor capta as vibrações da respiração ou da voz e as converte em sinais elétricos. Esses são enviados para uma caixa de voz digital que faz com que um alto-falante envie ondas de ar através do crânio de dinossauro replicado.
Também são rastreadas as mudanças no formato da boca — o que também afeta o som emitido pelo Coral de Dinossauros.
Atualmente, o experimento está disponível em um software online, que pode ser usado apenas com um microfone e uma câmera.
No futuro, Courtney Brown quer expandir seus conhecimentos para um dinossauro herbívoro blindado chamado nodossauro, que viveu há mais de 100 milhões de anos.
Veja como funciona o experimento
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