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Focus: mercado reduz projeção da inflação pela 14ª semana consecutiva

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Focus: mercado reduz projeção da inflação pela 14ª semana consecutiva

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção de inflação de 2025 pela 14ª semana consecutiva. É o que mostram os dados do relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (1º/9).

O mercado também reduziu as estimativas de inflação dos próximos dois anos. A previsão para 2028 não foi alterada em relação à semana anterior, conforme mostra o Focus.

Confira como ficaram as estimativas para a inflação:

O que é o relatório Focus

Inflação

Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,26% em julho, após registrar aumento de 0,24% em junho. Em 12 meses até julho, a inflação acumula alta de 5,23%, ainda acima da meta.

A inflação ficou acima do teto da meta em junho, com acumulado de 5,35%. Foi a primeira vez que um estouro foi registrado no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de meta contínua.

No regime de meta contínua, o índice é apurado mês a mês. Caso o acumulado dos meses fique acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

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Para agosto, os analistas consultados pelo BC apostam em uma queda de 0,15% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o termômetro da inflação do país. O IPCA de agosto será divulgado em 10 de setembro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, indicou uma deflação de 0,14% em agosto. O valor foi o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e o primeiro negativo desde julho de 2023.

Projeção do PIB sobe

O mercado financeiro revisou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, aumentando de 2,18% para 2,19%. As projeções do PIB para 2026 e 2027 também subiram, enquanto a estimativa para 2028 não foi alterada.

Confira como ficaram as estimativas para a inflação:

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.

A divulgação referente ao segundo trimestre do ano será feita nesta terça-feira (2/9).

Em 2024, a atividade econômica brasileira fechou em alta de 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre, o PIB registrou alta de 1,4%, com destaque para a expansão do agro.

O Ministério da Fazenda espera que a economia brasileira cresça 2,5% neste ano, enquanto o Banco Central projeta uma expansão de 2,1%. A expectativa é que o PIB desacelere a partir do segundo trimestre do ano.

Taxa de juros

Na reunião de julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano e, assim, encerrar o ciclo de altas dos juros.

O mercado manteve, pela nona semana consecutiva, a projeção da Selic em 15% ao ano, conforme as estatísticas do Focus mais recente. Ou seja, os analistas não esperam novas elevações em 2025.

As previsões dos analistas para os demais anos seguem as mesmas, confira abaixo:

A próxima reunião do Copom está marcada para 16 e 17 de setembro.

Outros indicadores

Dólar

Nesta edição do Focus, o mercado financeiro revisou para baixo as estimativas para a taxa de câmbio deste e dos próximos dois anos. Por outro lado, o valor previsto para 2028 foi mantido em R$ 5,60.

Confira as demais projeções para o dólar:

Balança comercial

O saldo da balança comercial (diferença entre o total de exportações e importações) foi mantido em US$ 65 bilhões de superávit em 2025, conforme esta edição do relatório Focus.

As estimativas para 2026 e 2028 não sofreram alterações, enquanto a previsão referente a 2027 foi revisada para cima.

Confira o que o mercado espera da balança comercial para:

Em julho, o saldo da balança comercial foi superavitário (quando as exportações superam as importações) em US$ 7,1 bilhões. Foi o menor superávit para julho desde 2022, quando ficou em US$ 5,36 bilhões. No ano, acumula saldo positivo de US$ 36,98 bilhões. A balança comercial de agosto será divulgada nesta quinta-feira (4/9).


Fonte: Metrópoles

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