Ícone do site O SERINGAL

Focus: mercado reduz projeção de inflação deste ano para 4,81%

focus:-mercado-reduz-projecao-de-inflacao-deste-ano-para-4,81%

Focus: mercado reduz projeção de inflação deste ano para 4,81%

Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções para a inflação deste e do próximo ano. As previsões para 2027 e 2028 seguem as mesmas da semana anterior. É o que mostram os dados do relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (29/9).

Conforme o Focus, a estimativa para 2025 passou de 4,83%, na semana passada, para 4,81%. Embora esteja acima do teto da meta deste ano, de 4,50%, a estimativa do mercado para a inflação de 2025 dá sinais de estar se aproximando ao limite superior do objetivo traçado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O que é o relatório Focus

Para 2026, o mercado prevê a inflação dentro da meta, que é de 3% com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Confira como ficaram as estimativas para a inflação:

A inflação ficou acima do teto da meta em junho, com acumulado de 5,35%a primeira vez que um estouro foi registrado no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de “meta contínua”.

*No regime de meta contínua, o índice é apurado mês a mês. Caso o acumulado dos meses fique acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Para agosto, os analistas consultados pelo BC apostam em uma elevação de 0,56 do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o termômetro oficial da inflação do país. O IPCA de setembro será divulgado em 9 de outubro.

PIB

As estimativas do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste e dos próximos três anos seguem as mesmas da semana anterior, conforme as estatísticas do relatório Focus.

*O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica.

Leia também

O PIB do Brasil desacelerou no segundo trimestre, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade econômica cresceu 0,4% em comparação aos primeiros três meses do ano, quando teve alta de 1,3% com destaque para a expansão do agro.

Confira como ficaram as demais projeções do PIB:

A projeção do mercado para a expansão do PIB em 2025 está em linha do previsto pelo governo e BC. Isso porque o Ministério da Fazenda espera que a economia brasileira suba 2,3% neste ano, enquanto o Banco Central projeta uma expansão de 2%. A expectativa é que o crescimento PIB siga em ritmo mais moderado no segundo semestre.

Taxa de juros

Na reunião de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano. Ou seja, o colegiado votou pela continuidade da taxa em patamar mais restritivo.

O mercado manteve, pela 14ª semana consecutiva, a projeção da Selic em 15% ao ano, conforme as estatísticas do Focus. Assim, os analistas não esperam novas elevações ou cortes em 2025.

As previsões dos analistas para os demais anos seguem as mesmas, confira abaixo:

A próxima reunião do Copom está marcada para 4 e 5 de novembro.

Dólar e balança comercial

Dólar

Nesta edição do Focus, os analistas financeiros revisaram para baixo as estimativas para a taxa de câmbio de 2025, 2026 e 2027. Por outro lado, elevaram a projeção do dólar para 2028.

Confira as expectativas do mercado para o dólar:

Balança comercial

O saldo previsto para a balança comercial (diferença entre o total de exportações e importações) deste ano caiu de US$ 64,81 bilhões para US$ 64,60 bilhões de superávit. De acordo com o Focus deste semana, as projeções referentes a 2026 e 2027 não sofreram alterações, mas a previsão para 2028 foi revisada para cima.

Confira o que o mercado espera da balança comercial para:

Em agosto, o saldo da balança comercial foi superavitário (quando as exportações superam as importações) em US$ 6,1 bilhões. Foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2023, bem como o terceiro maior da série histórica para o período.

No ano (de janeiro a agosto), acumula saldo positivo de US$ 48,8 bilhões, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).


Fonte: Metrópoles

Sair da versão mobile