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Fungo raro pode matar células do câncer de pulmão, sugere estudo

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Fungo raro pode matar células do câncer de pulmão, sugere estudo

Cientistas da Universidade Nacional de Taiwan e da Universidade Nacional Yang Ming Chiao Tung descobriram que um fungo raro pode ser capaz de matar células do câncer de pulmão. A espécie Antrodia cinnamomea é encontrada somente em Taiwan, na Ásia, e cresce associada à cânfora.

As descobertas foram publicadas em maio deste ano na revista Carbohydrate Polymers. Segundo o estudo, a reação do fungo às estruturas de carboidratos das moléculas de câncer consegue desfazê-las.

Entenda o câncer de pulmão

Os pesquisadores se concentraram em um grupo de compostos produzidos pelo fungo. Os polissacarídeos sulfatados, ou SPS, combinam moléculas de glicose, galactose e sulfato em uma única estrutura, apresentando um surpreendente efeito anticancerígeno que era sugerido em tratamentos fitoterápicos, mas ainda não tinha sido avaliado cientificamente.

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“Nosso estudo demonstra o potencial de compostos fúngicos naturais para o desenvolvimento farmacêutico. Com um processo de produção e extração totalmente controlado, estamos otimistas quanto a futuras aplicações tanto em suplementos de saúde quanto em tratamentos clínicos”, afirma em comunicado o professor Chia-Chuan Chang, autor do artigo.

Bloqueio do câncer

O estudo foi feito com células de câncer de pulmão humanas, mas os pesquisadores acreditam que a ação observada possa se repetir em outros tipos de células tumorais. Embora tenham observado o fungo agir em microscópio, a pesquisa não compreendeu exatamente os mecanismos por trás do efeito cancerígeno.

Contudo, identificou-se um composto particularmente benéfico: o N50 F2. Em experimentos, ele reduziu marcadores de inflamação, bloqueou e matou células de câncer de pulmão.

“O estudo atual mostra que o SPS da A. cinnamomea tem forte efeito anti-inflamatório e inibe células cancerígenas in vitro, mas as descobertas ainda precisam ser verificadas in vivo“, escreveram os pesquisadores no artigo científico. Isso significa que as relações ainda precisam ser testadas em pessoas e em modelos animais para avaliar se realmente têm potencial.

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Fonte: Metrópoles

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