O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou, nesta quinta-feira (25/9), que ainda não discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os próximos indicados para a diretoria do BC, que devem ser levados para avaliação do Senado.
Uma próxima leva de indicados para a diretoria do BC é esperada por conta do encerramento do mandato dos diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e de Resolução).
“Não tive essa conversa com o presidente sobre os dois próximos indicados”, garantiu Galípolo a jornalistas durante a entrevista coletiva para detalhar o Relatório de Política Monetária (RPM) de setembro.
Ele reforçou que a decisão é uma prerrogativa do presidente Lula. “Cabe ao presidente decidir e escutar quando ele achar pertinente, mas estou num processo de negação aqui, tentando fingir que nenhum dos dois vão embora”, brincou.
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Questionado sobre o processo de indicação, Galípolo preferiu adotar um tom mais cômico e brincar com os meios em que busca para convencer os atuais diretores a permanecerem nos cargos.
“Estou apelando agora para ligar para a Fernanda, que é a esposa do Diogo, para o namorado do Renato, para ver o que consigo fazer para segurar eles aqui. Pensei em cárcere privado já, estou tentando várias alternativas”, brincou.
O presidente do BC elogiou os diretores e ressaltou ter sido “um prazer” trabalhar com eles. “O que eu posso dizer assim: realmente foi uma honra, um prazer e tem sido poder trabalhar com o Renato e o Diogo”, concluiu.
No caso de indicação, todos os nomes precisam ser sabatinados pelo Senado e aprovados pelo plenário da Casa Alta. Se forem aprovadas ainda neste ano, eles assumirão o cargo de diretor do Banco Central em 1° de janeiro de 2026.
Fonte: Metrópoles