A jornalista italiana Federica Polidoro protagonizou uma entrevista polêmica com os protagonistas do filme Depois da Caçada, que incluem Andrew Garfield, Julia Roberts e Ayo Edebiri.
Na conversa, Federica fez uma pergunta sobre o suposto fim de movimentos contra o racismo e contra abusos sexuais apenas para os atores brancos, excluindo Ayo, que é uma atriz negra.
“Agora que a era do MeToo e o Black Lives Matter acabaram, o que devemos esperar em Hollywood e o que perdemos, se é que perdemos algo, com a era do politicamente correto?”, perguntou a jornalista.
Andrew Garfield
Vittorio Zunino Celotto/Getty Images
Ayo Edebiri
Vittorio Zunino Celotto/Getty Images
Julia Roberts
Stephane Cardinale – Corbis/Corbis via Getty Images
Em resposta, Ayo disse: “Eu sei que isso não foi para mim e não sei se é de propósito que não seja para mim, mas fiquei curiosa”.
Na sequência, a atriz completou: “Não acho que acabaram. De maneira alguma. Acho que talvez hashtags não sejam tão usadas, mas acho que há trabalho sendo feito por ativistas, por pessoas, todos os dias, que é muito bonito. Trabalho importante que não termina, que está realmente, realmente, realmente ativo por um motivo. Porque este mundo está muito carregado”.
O momento da entrevista foi publicado nas redes sociais e acabou viralizando. O vídeo, divulgado pela ArtsLife TV, já ultrapassou 26 milhões de visualizações no X (antigo Twitter).
Leia também
-
Jornalista entra em trabalho de parto após gravar podcast de gravidez
-
Repórter se pronuncia após acusação de traição com jornalista do SBT
-
Jornalista indiciado por golpe do Pix fura sinal, tenta dar “carteirada” e é preso
-
Morre o jornalista Acaz Fellegger, assessor das estrelas do futebol
Pronunciamento de Federica Polidoro
A jornalista Federica Polidoro publicou uma nota após a repercussão do caso. A jornalista afirmou em redes sociais que estava recebendo “insultos pessoais e ataques por causa de uma pergunta que, por algum motivo, não foi bem recebida por alguns membros do público”.
“Até hoje, não estou ciente de qualquer protocolo que dite a ordem com a qual as perguntas devem ser feitas em uma entrevista. Censurar ou deslegitimar perguntas consideradas ‘desconfortáveis’ não cabem em uma democracia”, escreveu ela.
“Àqueles que me acusam injustamente de racismo, gostaria de clarificar que, no meu trabalho, entrevistei pessoas de todas as origens e etnias, e a minha própria família é multiétnica, matriarcal e feminista”, completou.
Fonte: Metrópoles