O líder norte-coreano Kim Jong-un está buscando restaurar laços mais estreitos com a China e garantir apoio econômico ao visitar Pequim esta semana para marcar o aniversário de 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, disse um parlamentar sul-coreano na terça-feira (2), citando uma avaliação da agência de espionagem do país.
Kim cruzou a China de trem na manhã de terça-feira e deve chegar a Pequim no final do dia, disse Lee Seong-kweun aos repórteres após uma reunião parlamentar a portas fechadas do NIS (Serviço Nacional de Inteligência).
Lee afirmou que o NIS avaliou que, no desfile militar de quarta-feira (3) em Pequim, Kim provavelmente estará ao lado do presidente chinês Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin na tribuna da Praça da Paz Celestial, revivendo a imagem de uma aliança triangular da época da Guerra Fria. A agência também antecipou uma cúpula entre Coreia do Norte e China, bem como um possível encontro entre Kim e Putin.
Segundo Lee, os objetivos de Pyongyang são restaurar as relações com Pequim, ampliar sua margem de manobra diplomática e garantir ajuda econômica chinesa para sustentar seu regime. O NIS considerou a viagem como a estreia de Kim na diplomacia multilateral, demonstrando um alinhamento entre Coreia do Norte, China e Rússia e sinalizando que ele pode tomar medidas mais ousadas tanto internamente quanto externamente.
O diretor do NIS, Lee Jong-seok, compareceu à sessão parlamentar de terça-feira (2) do comitê de inteligência do parlamento.