Acontece nesta sexta-feira (5) o leilão do túnel Santos-Guarujá, uma das maiores obras de infraestrutura do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e estadual.
A entrega de propostas estava prevista para a última segunda-feira (1º), com a confirmação de duas participantes estrangeiras. A concorrência no certame estará entre a portuguesa Mota-Engil, que tem participação acionária da gigante chinesa CCCC, e a espanhola Acciona.
A Mota-Engil já atua em mais de 50 países e tem expandido sua presença no mercado brasileiro, especialmente em áreas como prestação de serviços em óleo e gás e em obras de mobilidade urbana.
Recentemente, a portuguesa concluiu a aquisição da ECB (Empresa Construtora Brasileira), sediada em Belo Horizonte. A CCCC tem hoje pouco mais de 30% do capital da Mota-Engil.
Já a Acciona, que tem avançado rapidamente no Brasil, já fez imersões nos setores de energia e de rodovias. Além disso, a companhia tem feito uma aposta importante nas concessões e PPPs (parcerias público-privadas) de saneamento básico.
Odebrecht, Álya (antiga Queiroz Galvão) e Andrade Gutierrez, todas construtoras nacionais que estavam avaliando participar do certame, decidiram não apresentar proposta — como adiantado pela CNN.
Projeto
Como dito anteriormente, o túnel é o maior projeto do Novo PAC, com previsão de R$ 6,8 bilhões em investimentos, dos quais R$ 5,1 bilhões virão de aportes públicos divididos igualmente entre a União e o Estado de São Paulo.
Atualmente, mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando balsas e catraias, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres. Com a nova estrutura, a travessia será feita em poucos minutos, reduzindo filas e otimizando o fluxo logístico do Porto de Santos.
Toda a estrutura terá 1,5 quilômetros de extensão, sendo 870 metros submersa. Haverá três faixas de rolamento por sentido, com uma delas para a passagem do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
O túnel também terá acesso para travessia de pedestres e ciclistas. A previsão é de que as obras sejam iniciadas ainda neste ano.
Tecnologia inédita no país, o projeto prevê uma concessão por 30 anos.
*Com informações de Daniel Rittner, da CNN, em Brasília; e Estadão Conteúdo
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