O assassinato de Izaqueu Souza Oliveira, um dos réus denunciados pela morte do indígena Ribamar Kaxinawá, virou um verdadeiro mistério para a Polícia de Feijó.
Os investigadores apuram se o crime foi uma queima de arquivo.
Izaqueu respondia o processo em liberdade e não compareceu ao Fórum de Feijó para participar por vídeo conferência do júri.
A sessão foi realizada na 1ª Vara do Tribunal do Júri, aqui na capital, após pedido de desaforamento, ou seja, transferência de comarca.
O interrogatório do réu poderia esclarecer alguns pontos do crime, revelar mais detalhes, como também o envolvimento de outras pessoas.
Izaqueu Oliveira, segundo a denúncia, foi um dos executores diretos do indígena.
A suspeita é que “O Príncipe do Sol, como era mais conhecido, foi raptado ainda na noite de domingo, 31, véspera do julgamento.
No dia primeiro, foi comunicado à Polícia de Feijó o desaparecimento de Izaqueu Souza.
Vinte e quatro horas depois, o corpo foi encontrado em uma cova rasa, próxima a um Igarapé, no Bairro Vitória, em Feijó.
O cadáver apresentava diversas perfurações de faca e sinais de decapitação.
O júri dos onze denunciados pela morte do indígena Ribamar Kaxinawá foi realizado em Rio Branco entre os dias 1 e 2 deste mês.
Isaqueu Oliveira, que já estava morto quando a sentença foi proferida, acabou condenado pelos crimes de homicídio, integrar organização criminosa e corrupção de menores a mais de 34 anos de prisão.
Outros cinco foram condenados por homicídio, corrupção de menores e organização criminosa e, mais cinco por corrupção de menores e integrar organização criminosa.