Moraes nega questionamentos de defesas sobre a ação penal; veja quais

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta terça-feira (9) todas as questões preliminares apresentadas pelas defesas em julgamento sobre suposta tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o ministro, parte dos pedidos das defesas já haviam sido analisados e rejeitados por unanimidade durante o julgamento de recebimento da denúncia no STF.

Veja os pedidos negados:

  • Suspensão da acusação de organização criminosa contra Alexandre Ramagem.
  • Nulidade de provas
  • Incompetência da Primeira Turma e do STF
  • Nulidade da delação premiada de Mauro Cid.
  • Violação do sistema acusatório, pedido pela defesa de Augusto Heleno
  • Nulidade do processo a partir de acareação de Cid e Braga Netto
  • Cerceamento de defesa por falta de tempo para analisar provas da PF

As preliminares mais comuns entre as defesas dizem respeito a nulidade da delação de Mauro Cid e falta de acesso às provas.

Quanto ao primeiro ponto, Moraes defendeu a manutenção da colaboração premiada e a análise de uma redução dos benefícios acordados, como foi proposto pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

De acordo com o ministro, omissões na delação de Cid não necessariamente acarretam na nulidade das informações e provas colhidas nos depoimentos.

Moraes mandou ainda um recado ao ministro Luiz Fux durante a fala. Disse que criticar o número de depoimentos feitos pelo delator “beira a litigância de má fé”.

Durante o recebimento da denúncia, Fux havia dito que via com muita reserva o número de depoimentos prestados e que analisaria o caso em momento oportuno.

Na sessão desta terça, o ministro interrompeu Moraes e afirmou que votaria sobre o tema no momento em que a palavra fosse passada a ele.

Quanto ao cerceamento de defesa, Moraes disse que todas as provas utilizadas pela PGR, no recebimento da denúncia pelo STF e no julgamento para condenação e absolvição estão disponíveis aos advogados desde o início do caso.

Novos documentos juntados ao processo durante a tramitação da ação penal, segundo Moraes, não baseiam o voto de nenhum ministro.

Quem são os réus do núcleo 1?

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe: 

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); 
  • Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro; 
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro; 
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro; 
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; 
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; e 
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022. 

Por quais crimes os réus estão sendo acusados?

Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles: 

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e ameaça grave;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

A exceção fica por conta de Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão a ação penal contra o parlamentar. Com isso, ele responde somente aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. 

Cronograma do julgamento

Nesta semana foram reservadas quatro datas para as sessões do julgamento, veja: 

  • 9 de setembro, terça-feira, 9h às 12h e 14h às 19h; 
  • 10 de setembro, quarta-feira, 9h às 12h; 
  • 11 de setembro, quinta-feira, 9h às 12h e 14h às 19h; e  
  • 12 de setembro, sexta-feira, 9h às 12h e 14h às 19h.

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