Não é novidade que beber menos água do que o recomendado pode ter influência direta na saúde. Um estudo da Liverpool John Moores University, na Inglaterra, publicado em 3 de setembro no Journal of Applied Physiology, revelou que adultos jovens que ingerem menos de 1,5 litro de água por dia apresentam uma resposta de cortisol — o hormônio ligado ao estresse — até 50% maior em comparação com aqueles que consomem as quantidades recomendadas, de dois litros para mulheres e 2,5 para homens.
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Os pesquisadores acompanharam 62 voluntários saudáveis, divididos em dois grupos, durante uma semana, monitorando a ingestão diária de líquidos, exames de urina e sangue para medir o estado de hidratação. Depois, todos foram submetidos ao Teste de Estresse Social de Trier (TSST), um protocolo que simula experiências desafiadoras, como entrevistas de emprego e testes matemáticos sob pressão.
O resultado mostrou que o grupo com menor ingestão de líquidos teve elevação muito mais acentuada do cortisol durante o estresse agudo, mesmo que não relatasse sentir mais sede ou ansiedade do que o grupo bem hidratado. A urina mais concentrada e escura foi um dos sinais objetivos de que, apesar de não perceberem, os participantes estavam em estado de sub-hidratação.
De acordo com os autores, a resposta exacerbada do cortisol preocupa porque está associada a riscos aumentados de doenças crônicas, como problemas cardíacos, diabetes e depressão. Eles destacam que a sede, por si só, não é um indicador confiável para avaliar a hidratação do corpo.
O trabalho reforça a importância de manter a ingestão adequada de líquidos ao longo do dia como forma de proteger o organismo não só contra a desidratação, mas também contra os efeitos do estresse na saúde a longo prazo.
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Fonte: Metrópoles