No longa que encerra a história de Ed e Lorraine Warren no cinema, “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”, o público conhece o caso da família Smurl, que são assombrados por um poltergeist.
Logo no início do filme, o público é informado que o filme é baseado em fatos reais. Apesar de ser uma ficcionalização, a família Smurl realmente existiu e foi ajudada por Ed e Lorraine Warren na década de 80.
Como o caso na época ganhou muita atenção da mídia, eles se tornaram tema de livros, como “Assombrado, o pesadelo de uma família”, de Robert Curran, publicado em 1989. Em 1991, o filme “A Casa das Almas Perdidas” era baseada nos relatos da família.
O caso da família Smurl
A história dos Smurl começa no início da década de 1970,quando sua casa em Wilkes-Barre, na Pensilvânia, sofreu uma enchente e eles precisam se mudar. Então, Jack e Janet Smurl, com suas filhas mais velhas, e os pais de Jack, se mudaram para uma casa germinada em West Pittson, no mesmo estado. No novo endereço, a família viu que a casa precisava de reformas e decidiram pintar e consertar o que era necessário, quando a atividade paranormal teve início. Alguns estudiosos do oculto apontam que reformas e outras mudanças em um ambiente podem irritar entidades que vivam naquele espaço.
Entre os acontecimentos elencados pela New England Sociedade de Pesquisa Psíquica, os Smurl narravam que objetos sumiam e depois apareciam, manchas escuras surgiam em pinturas e tapetes novos, eletrodomésticos novos quebravam e pegavam fogo – até mesmo fora da tomada – e cheiros horríveis tomavam conta da casa. Apesar da atividade sinistra, a família teve um período próspero com Jack sendo promovido, a chegada das filhas gêmeas e as filhas mais velhas ganhando destaque nos estudos.
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Então, a intervenção sobrenatural passou a se tornar mais presente para os Smurl: Mary, mãe de Jack, relatava ouvir vozes chamando-a, o que a principio acreditava ser da nora, enquanto Janet tinha um relato parecido, sombras escuras apareciam e depois desapareciam. Em uma noite enquanto todos dormiam, Jack relatou que sentiu uma mão em sua perna, o que pensou que fosse a parceira. Ao se virar, ele viu que a esposa estava dormindo e percebeu uma figura sombria sobre ele na cama.
Os acontecimentos passaram a colocar em risco a família e tanto Janet quanto Jack diziam ter sofrido abusos das entidades. Uma luminária caiu do teto sem motivo aparente, machucando gravemente uma das filhas na queda, umas das filhas foi empurrada da escada e o cachorro da família chegou a ser arremessado contra a parede. Janet contava ter sido pendurada a dois metros de altura e depois jogada pelo cômodo.
Os relatos sobre o caso se divergem um pouco em diferentes jornais. Segundo o Times Leader, os Warren foram investigar o caso depois que os Smurl levaram o caso para a mídia. Porém, de acordo o The Line Up, a família contatou o casal de investigador paranormais e depois procuraram a ajuda da mídia.
Lorraine Warren, que dizia ter habilidades paranormais, avaliou que no ambiente moravam três espíritos: uma idosa, uma jovem violenta e um homem que morreu na casa; e por trás das entidades havia um demônio, que usava os espíritos contra a família Smurl. Para tentar livrá-los daquele mal, os Warren realizaram exorcismos e sessões de oração, o que não foi efetivo. Ed Warren alegou para o The Times Leader em 1986, ter registrado fitas de áudio com os sons estranhos e fotografias das sombras escuras que surgiam na casa.
Até aquele momento, a família Smurl já havia pedido ajuda da Igreja Católica, para que enviassem um padre para realizar uma esconjuração. Contudo, a Igreja vez após vez recusou realizar a prática. Vale ressaltar que um caso como esses precisa de aprovação do Vaticano, que envia um padre para fazer o exorcismo. Padres locais chegaram a visitá-los para abençoar a casa, mas sem resultados a longo prazo.
Com o circo midiático ao redor do caso, dezenas de pessoas e repórteres ficavam na porta da casa e o casal foi convidado para relatar sua história em programas televisivos.
Após a exaustão da pressão da mídia e da atividade paranormal violenta, a família se mudou da rua Chase Street. Em sua nova casa, as assombrações continuaram a acontecer.
Foi só em 1989, mais de 15 anos após o início dos acontecimentos, a Igreja Católica aceitou o pedido da família e sancionou um exorcismo em sua casa, o que finalmente os livrou das assombrações.
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