Pesquisa descobre que esponjas marinhas têm efeito contra leishmaniose

A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada que afeta cerca de 12 milhões de pessoas em 90 países e coloca outros 350 milhões em risco de infecção. Causada por protozoários do gênero Leishmania, costuma provocar lesões na pele que podem evoluir para úlceras dolorosas, deixando cicatrizes permanentes no rosto, nas mãos e nos pés. Além do impacto físico, os pacientes frequentemente enfrentam estigma social e sofrimento psicológico.

Atualmente, os tratamentos disponíveis apresentam sérias limitações. Medicamentos como anfotericina B e compostos antimoniais são caros, altamente tóxicos e associados a efeitos colaterais graves, o que dificulta a adesão completa dos pacientes. A resistência crescente dos parasitas, somada à falta de vacinas e de diagnósticos eficazes, amplia os desafios no combate à doença.

Descoberta no fundo do mar

Pesquisadores da Universidade de Ryukyus e da Universidade de Miyazaki, ambas no Japão, identificaram compostos naturais em esponjas marinhas coletadas na região de Okinawa que mostraram forte atividade contra o parasita Leishmania major. O estudo foi publicado na revista Marine Biotechnology em 5 de setembro.

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Entre as substâncias analisadas, as chamadas onamidas se destacaram. Duas delas, a onamida A e a 6,7-di-hidro-onamida A, apresentaram alta potência contra o parasita e baixa toxicidade para células humanas, características que superam os tratamentos atualmente disponíveis.

Além disso, os testes indicam que esses compostos atuam por um mecanismo diferente do da anfotericina B, o que pode ajudar a contornar a resistência já observada em terapias convencionais.

Perspectivas para novos tratamentos

Os cientistas também identificaram a onamida G, descrita pela primeira vez neste trabalho, ampliando o conhecimento sobre a diversidade estrutural dessas moléculas. Outra vantagem observada foi a eficácia em baixas concentrações, o que pode permitir tratamentos mais curtos e com menos efeitos adversos.

Apesar de se tratar de uma etapa inicial, o estudo indica potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a leishmaniose e até outras doenças causadas por protozoários, como a doença de Chagas e a tripanossomíase africana.

Mais estudos devem avaliar a eficácia em organismos vivos, além da viabilidade de produção em larga escala usando tecnologias sustentáveis, como culturas de bactérias simbióticas.

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Fonte: Metrópoles

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