A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (9) duas mulheres que se apresentaram como gerentes da clínica Amacor, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, onde a jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu após complicações em uma cirurgia estética realizada na segunda-feira (8).
Durante a fiscalização, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon), pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e pela Vigilância Sanitária, agentes encontraram medicamentos vencidos no centro cirúrgico, na farmácia e no carrinho de parada cardiorrespiratória utilizado durante a emergência. Também foram localizados produtos sem identificação de validade e origem.
Segundo a Polícia Civil, os materiais ofereciam risco direto à saúde de pacientes. O local foi interditado, e as duas representantes do estabelecimento identificadas como Kesya Batista Cardoso e Sara Aline Simões foram detidas.
Paralelamente, o Cremerj instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte da paciente, em procedimento que corre em sigilo e segue o Código de Processo Ético-Profissional.
Em nota, a Amacor disse lamentar profundamente o falecimento da paciente e destacou que a cirurgia foi conduzida por uma equipe médica terceirizada. A clínica, classificada como “One Day Clinic” (Hospital Dia com locação para procedimentos), afirmou que fornece apenas infraestrutura e orientação, e que o centro cirúrgico está equipado com dispositivos de emergência e protocolos de atendimento imediato. A unidade declarou ainda que colaborará com as autoridades na investigação.
A CNN tenta contato com a defesa das gerentes presas e do médico responsável pelo procedimento. O espaço permanece aberto para manifestações.