Processo, desculpas e cirurgia: os desdobramentos da briga Popó x Wanderlei

A briga generalizada que marcou o fim da luta entre Acelino “Popó” Freitas e Wanderlei Silva no Spaten Fight Night 2, em São Paulo, continua produzindo desdobramentos fora do ringue. Desde o episódio, ocorrido no último fim de semana, ambos os lutadores, suas equipes e a organização do evento se pronunciaram, e o caso pode ter consequências médicas e até jurídicas.

Estado de saúde e exames

Wanderlei Silva foi levado ao hospital após ser nocauteado durante a confusão. O ex-lutador relatou dores e cortes no rosto e passou por uma bateria de exames. Ele afirmou que deve realizar novas avaliações para descartar complicações mais graves. Do outro lado, Popó também precisou de atendimento. O ex-campeão mundial sofreu uma fratura na mão, algo que nunca aconteceu nos seus 35 anos de carreira, e passou por cirurgia nesta segunda-feira (29).

Reações públicas

Em vídeo publicado nas redes, Wanderlei disse ter sido “covardemente agredido” quando tentava acalmar a briga e não descartou levar o caso à Justiça. Advogados ligados ao atleta confirmam que medidas legais estão sendo avaliadas.

Nas redes, o Popó acusou Fabrício Werdum, treinador de Wanderlei Silva, de “covardia” durante a confusão que tomou conta do evento.

“Eu precisava vir aqui fazer esse pronunciamento. Primeiro pedir desculpas para vocês. Eu procurei dar o meu melhor e praticar o que sempre pratiquei, que é o boxe. Infelizmente, eu tomei três cabeçadas, e quando encerrou a luta, que o árbitro desclassificou o Wanderlei pelas cabeçadas, o treinador dele foi para cima de mim e me deu um soco, machucou muito”, disse Popó.

“Wand, foi entre eu e você, a nossa briga foi entre nós em cima do ringue. Mas infelizmente o Werdum covardetemente invadiu o ringue com seu filho para cima de todo mundo. Vi que alguém também te deu um soco. Esse cara (Werdum) só faz merda. Werdum, tenha vergonha, cara. Se eu fosse você teria vergonha, você que veio para cima de mim, querendo me bater. Mas Deus sabe o que faz”, completou.

Organização e repercussão

A produtora do evento divulgou nota oficial em que lamenta os episódios de violência, promete investigação interna e adianta que vai revisar protocolos de segurança para evitar novas invasões de ringue.

Possível processo

No campo jurídico, a defesa do lutador Wanderlei Silva afirmou que pode acusar formalmente o filho de Popó, Rafael Freitas, e outros membros da equipe do pugilista por tentativa de homicídio com dolo eventual.

De acordo com o advogado de Wanderlei, Claudio Dalledone Júnior, “aquele que agrediu por trás, traiçoeiramente um homem de 50 anos que tinha lutado, que estava de guarda baixa, vai ser punido criminalmente. Não sombra de dúvidas que, no mínimo, teve uma lesão grave ela está evoluindo, pode virar gravíssima. Podemos até entender que ele, naquele momento, batendo de um homem de 50 anos, na forma que bateu, sendo um profissional do boxe, na forma que bateu, ele estaria ali indiferente ao resultado e, daí, estamos falando de dolo eventual, estamos falando de uma tentativa de homicídio”.

A pena para tentativa de homicídio é de 6 a 20 anos de reclusão segundo o Código Penal Brasileiro. O “dolo eventual” é quando o autor assume o risco do cometimento do crime.

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