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Rússia proíbe exportações de combustível até fim do ano

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Rússia proíbe exportações de combustível até fim do ano

A Rússia está proibindo a exportação de combustível até o final do ano, já que os postos de gasolina em todo o país e nas áreas sob sua ocupação estão cada vez mais secos devido aos ataques de drones ucranianos.

Kiev intensificou as ofensivas contra refinarias, postos de bombeamento e trens de combustível russos na tentativa de interromper as cadeias de abastecimento de combustível durante o verão, quando a demanda é tradicionalmente alta, já que as pessoas dirigem mais durante as férias.

Embora as autoridades russas inicialmente tenham atribuído a escassez a “razões logísticas” e prometido que a gasolina e o diesel voltariam a circular, a escassez só piorou nas últimas semanas.

A Força Aérea ucraniana afirmou ter atingido diversos locais de produção de combustível e estações de bombeamento russos esta semana, incluindo uma grande refinaria de petróleo em Bashkortostan, no sul da Rússia, operada pela Gazprom.

A proibição de exportações é a mais recente tentativa do Kremlin de lidar com a escassez.

Moscou inicialmente proibiu algumas exportações de gasolina em março e, em julho, estendeu a proibição a todos os principais produtores.

Na quinta-feira (25), o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, anunciou que o embargo seria prorrogado novamente, desta vez até o final do ano, e que algumas exportações de óleo diesel também seriam proibidas.

Segundo a agência de notícias estatal russa TASS, Novak admitiu que havia “de fato uma ligeira escassez de derivados de petróleo”, mas disse que isso estava “sendo coberto pelas reservas acumuladas”.

A Rússia está entre os maiores produtores mundiais de óleo diesel, e suas exportações são uma importante fonte de receita para o governo.

O jornal pró-Kremlin Izvestia noticiou que postos de gasolina em diversas regiões começaram a racionar gasolina e diesel, permitindo que cada cliente compre apenas uma quantidade limitada.

Crimeia em dificuldades

A situação parece ser pior na Crimeia, a península ucraniana ao sul que a Rússia anexou ilegalmente em 2014.

O importante veículo de notícias de negócios russo, Kommersant, informou na quarta-feira (24) que cerca de metade das bombas na Crimeia estão fora de operação devido à escassez.

A situação é tão grave que o governador da Crimeia ocupada, imposto pela Rússia, chegou a admitir o verdadeiro motivo da escassez, atribuindo-a à “produção reduzida” nas refinarias de petróleo russas, embora sem mencionar o verdadeiro motivo: a guerra que a Rússia vem travando contra a Ucrânia.

Vídeos e imagens compartilhados nas redes sociais mostram longas filas de carros aguardando nos poucos postos de gasolina que ainda têm estoque.

O popular canal do Telegram que compartilha atualizações locais, Crimean Wind, noticiou na quarta-feira que Sebastopol, a maior cidade da Crimeia, estava completamente sem gasolina.

O canal afirmou que, quando dois caminhões-tanque chegaram a um posto de gasolina na cidade, uma enorme fila de carros se formou quase imediatamente. Em poucas horas, os caminhões-tanque estavam vazios.

O canal informou que a gasolina estava sendo vendida por cerca de um terço a mais agora em comparação ao mês passado.

“Ainda não há filas para feno, e os preços de cavalos e burros estão estáveis”, acrescentou o canal, sarcasticamente.

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