Semana do Clima em NY pressiona países por compromissos antes da COP30

A Semana do Clima de Nova York começa neste domingo (21), a menos de dois meses da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). O encontro reúne chefes de Estado, representantes do setor privado e sociedade civil para discutir compromissos de redução de emissões e mecanismos de financiamento climático.

A programação brasileira inclui a apresentação de um relatório elaborado pelo Conselho Ético Global, iniciativa conduzida pela presidência da COP30 e pelo Ministério do Meio Ambiente, com contribuições de cientistas, lideranças políticas, religiosas e empresariais de seis continentes. O documento será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, como base para acelerar a meta global de limitar o aquecimento a 1,5 °C.

Na terça-feira (23), Lula terá uma reunião de alto nível na sede da ONU para articular apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta do governo brasileiro que busca levantar até US$ 125 bilhões em condições diferenciadas para repasse a países com florestas tropicais. Já confirmaram interesse Noruega, Alemanha, Reino Unido, França, Emirados Árabes Unidos e China, além de países como Colômbia, Gana, Congo, Indonésia e Malásia, que participam da estruturação do mecanismo.

Discussão sobre metas

Na quarta-feira (24), Lula e Guterres vão comandar juntos o Climate Summit, evento central da semana, focado na discussão das NDCs — as contribuições nacionalmente determinadas que definem metas de redução de gases de efeito estufa para 2035. O prazo para entrega expira no fim de setembro, mas até agora a maioria dos países signatários do Acordo de Paris ainda não apresentaram suas propostas.

Entre os atrasados estão a União Europeia, que deve anunciar uma declaração de intenções com meta de corte entre 66,25% e 72,5% em relação a 1990, com uso de créditos de carbono, e a China, que ainda não formalizou suas metas. Analistas apontam que o país asiático deve propor cortes de 10% a 15%, abaixo do necessário para manter a trajetória de 1,5 °C. A Índia, terceira maior emissora global, também não deve enviar ministros à conferência.

Agenda paralela

Além do evento central da ONU, a Semana do Clima em Nova York reúne ainda outras agendas focadas em investidores, ativistas e membros da sociedade civil. “Celebridades” como Bill Gates e Mark Ruffalo são presenças confirmadas. Outros eventos de alto nível também reúnem nomes importantes do setor climático, como o já tradicional encontro comandado pela Bloomberg Philantropies e o Global Renewables Summit, com debates sobre a expansão de energias renováveis e os mecanismos de financiamento para mercados emergentes.

A programação inclui também uma iniciativa brasileira em parceria com a FAO para discutir os riscos crescentes de incêndios florestais, além de consultas da presidência da COP30, com André Corrêa do Lago e Ana Toni, em preparação para o encontro de Belém.

A Semana do Clima de Nova York acontece em meio à contagem regressiva para a COP30, que reunirá em novembro líderes de quase 200 países no Brasil. A expectativa é que o encontro em Belém seja decisivo para manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.

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