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Tributária: veja os principais pontos do relatório do Comitê Gestor

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Tributária: veja os principais pontos do relatório do Comitê Gestor

O relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108 de 2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), entregou seu parecer na última terça-feira (9/9). A proposta, que finaliza a regulamentação de reforma tributária, institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Entre os principais pontos do relatório estão regras para bebidas açucaradas, tratamento de nanoempreendedores, implementação do split payment e a possibilidade de fiscalização conjunta entre União e estados.

O relatório, lido pelo senador na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (10/9), foi alvo de pedido de vista, quando é necessário mais tempo para análise do texto, e deve ser votado nas próximas semanas.

O IBS será um imposto estadual que terá como objetivo substituir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS) gradativamente de 2026 até 2033. A ideia principal do projeto relatado por Braga é criar o Conselho Superior do Comitê Gestor do IBS com o objetivo de efetuar as compensações e a distribuição do novo imposto, decidir o contencioso administrativo e coordenar a fiscalização e a cobrança.

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No entanto, houve um impasse na criação do Conselho Superior, isso porque a Confederação Nacional do Munícipio (CNM) e a Federação Nacional do Prefeitos e Prefeitas (FNP) divergem sobre a composição do conselho que terá 27 secretários da Fazenda dos estados e 27 representantes municipais eleitos pelos prefeitos. O imbróglio se deu porque a FNP querem isonomia para que governadores alterem seus indicados, enquanto a CNM defende que existam mandatos para os conselheiros.

O impasse foi tão grande que o comitê gestor foi instalado incialmente sem a presença dos Estados. O relatório de Braga, porém, tem uma solução para a disputa. A pedido das entidades, a FNP terá direito a indicar 13 representantes, enquanto a CNM, 14.

O relatório aponta que as indicações devem ser feitas até 31 de outubro e a partir de 2026, cada associação deverá conseguir o apoio mínimo para permitir a eleição com registro de pelo menos duas chapas para cada grupo. Cada prefeito votará em duas chapas, uma composta de 14 candidatos conselheiros, em os prefeitos têm voto de mesmo valor, e outra de 13, em que prefeitos de municípios mais populosos têm voto de maior peso.

Confira os outros pontos de destaque do parecer do relator:

“O split payment, a despeito de sua relevância, não pode ser um mecanismo burocrático que atrapalhe o dinamismo do mercado de consumo, razão pela qual a flexibilidade proposta é essencial para o seu adequado funcionamento”, afirma o relatório.

Braga afirma que, para o Polo Industrial de Manaus, o split payment observará os percentuais de incentivo “bem como regulamentar a sistemática de apuração específica para a ZFM e de transferência do saldo a recuperar de IBS, o qual será devolvido em três dias úteis”, diz o texto.


Fonte: Metrópoles

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