O presidente Donald Trump disse que recebeu “uma reposta muito boa” de líderes israelenses e árabes à proposta de plano de paz para Gaza. A declaração foi feita durante uma entrevista por telefone à agência Reuters no domingo (28).
Seguno o republicano, “todo mundo quer fechar o acordo” e afirmou que espera finalizá-lo em reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda-feira (29). Trump receberá o premiê na Casa Branca.
A proposta, de acordo com o presidente americano, visa não apenas a paz no território palestino, mas uma paz mais ampla no Oriente Médio.
Na manhã do domingo, Trump fez uma publicação na Truth Social, sua rede social, em que voltou a afirmar que está perto de chegar um acordo para acabar com a guerra em Gaza e que havia “uma chance real de grandeza no Oriente Médio”.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início da guerra, pelo menos 65 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças.
Israel diz que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.