O desfile promovido pelo presidente chinês, Xi Jinping na noite desta terça-feira (2) foi uma demonstração de força, com a presença de chefes de Estado, vários dos quais estão ativamente em guerra, em uma mensagem direta à ordem mundial liderada pelos EUA.
Esta é a primeira vez que Xi, Putin e Kim se unem – e acontece poucos dias depois de Xi ter sediado uma cúpula de líderes de toda a Ásia e Oriente Médio.
Os eventos e a lista de presença enviam uma mensagem clara: a China está pronta para reequilibrar o poder global e tem o apoio militar. Além disso, tem parceiros interessados na mesma visão, incluindo os líderes europeus da Sérvia, Eslováquia e Bielorrússia, que são amigos da Rússia.
Veja os principais fatos do desfile militar chinês
Os três homens fortes
Em um dos momentos mais marcantes do dia, o líder chinês Xi Jinping liderou um seleto grupo de líderes mundiais em direção à tribuna da Praça da Paz Celestial – junto ao líder norte-coreano, Kim Jong-un e pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Foi uma mensagem clara de unidade entre os três autocratas, que compartilham a visão de uma ordem mundial alternativa para combater o domínio de longa data dos EUA e seus aliados ocidentais.

Xi diz que a China é “imparável”
Falando antes do desfile, Xi enfatizou o nacionalismo e a força chineses, dizendo aos seus militares que a ascensão da China era “imparável”.
Ele também alertou que o mundo precisa “escolher entre a paz e a guerra” e que a China “nunca se intimida com nenhum valentão”.

As armas
O exército chinês estava em plena exibição, com equipamentos exibidos, incluindo lasers de defesa aérea para uso terrestre e marítimo, caças furtivos e bombardeiros com capacidade nuclear, mísseis antinavio, seu mais novo míssil balístico intercontinental e dois novos drones submarinos extra grandes.

O espetáculo
Mais de 50 mil espectadores se reuniram em Pequim para o desfile, segundo a emissora estatal CCTV.
Vídeos mostraram pessoas comemorando, cantando o hino nacional e agitando pequenas bandeiras chinesas enquanto tanques passavam pela Praça da Paz Celestial. Usuários online nas plataformas de mídia social altamente controladas da China descreveram sentir um sentimento de orgulho patriótico.
