Vendas no varejo recuam 0,3% em julho e têm 4º mês seguido de queda

O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,3% em julho em relação a junho, marcando o quarto mês consecutivo de queda. Os dados, divulgados nesta quinta-feira, são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, os últimos quatro meses já acumulam 1,1% de perda. Com relação a julho de 2024, o volume de vendas cresceu pela quarta vez seguida, com alta de 1,0%. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,7%. O acumulado em 12 meses foi de 2,5%.

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Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esses quatro meses consecutivos sem crescimento na série com ajuste sazonal indicam uma perda de fôlego no curto prazo. “Desde março, último mês em que houve crescimento, o setor já registra uma queda de 1,1% no patamar de vendas”, avalia.

De acordo com ele, há uma espécie de fator base nessa queda lenta e contínua, já que março representa o topo da série ajustada sazonalmente.

O levantamento aponta que houve equilíbrio entre taxas negativas e positivas na passagem de junho para julho nas atividades do varejo. As quedas foram registradas em equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-3,1%), tecidos, vestuário e calçados (-2,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).

As altas ficaram por conta de móveis e eletrodomésticos (1,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%), combustíveis e lubrificantes (0,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6%).

O que é a PMC

  • Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa produz indicadores sobre o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.
  • Para calcular a Pesquisa Mensal de Comércio, o IBGE monitora a receita bruta de revenda nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores, cuja atividade principal é o comércio varejista.
  • A PMC traz indicadores de faturamento real e nominal, pessoal ocupado e salários e outras remunerações.

Comércio varejista ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 1,3% em julho na comparação com o mês anterior. Frente ao mesmo período de 2024, houve queda de 2,5%. No ano e em 12 meses, o varejo ampliado acumula, respectivamente, -0,2% e 1,1%.

Cristiano considera que o cenário negativo persistente nos últimos quatro meses é distribuído setorialmente. “Em julho, seis das oito atividades do varejo operavam abaixo do nível registrado em março. Nessa leitura, apenas os segmentos de móveis e eletrodomésticos e o setor farmacêutico seguiam acima do patamar de março”.

Para ele, apesar da diminuição da pressão inflacionária com a queda nos preços de alimentos em julho, as vendas de hiper e supermercados seguem sem crescer pelo quarto mês consecutivo.

“Já o setor de equipamentos eletrônicos, informática e comunicação apresentou a maior retração na passagem de junho para julho, com dois meses seguidos de queda. Antes disso, o comportamento era de alta volatilidade, com alternância entre crescimento e recuo mês a mês, reflexo das estratégias empresariais diante das variações abruptas do dólar”, disse.

Indicadores

Foram registradas quedas em três das oito categorias analisadas pela pesquisa. Veja variação dos indicadores:

  • Combustíveis e Lubrificantes: 0,2%
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0,3%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -2,1%
  • Móveis e eletrodomésticos: 1,1%
  • Artigos farmacêuticos e de perfumaria: 0,8%
  • Livros, jornais e papelaria: 1,3%
  • Equipamento e e material para escritório: -3,5%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -0,1%



Fonte: Metrópoles

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