O CEO da Liga Forte União (LFU), Gabriel Lima, demonstrou otimismo em relação à formação de uma liga única no futebol brasileiro.
Em entrevista ao programa CNN Esportes S/A deste domingo (5), o executivo classificou a existência dos blocos comerciais atuais como um “passo intermediário” rumo à unificação total, destacando os avanços alcançados até agora.
“Eu sou muito otimista com o que a gente conquistou até agora. Acho que o movimento da unificação dos dois blocos foi um movimento que gerou um resultado muito, muito representativo,” iniciou.
Lima explicou que a LFU, formada em meados de 2022, hoje representa 33 clubes, incluindo 11 da Série A e 16 da Série B.
Além do orgulho com o avanço, o executivo afirmou estar confiante com a formação de uma liga unificada nos próximos anos.
Então, assim, eu sou um otimista convicto. É um passo intermediário e a gente vai chegar no objetivo comum que é a unificação, que é uma liga comum dos clubes.
Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU)
Diferencial da LFU
Para ele, a principal diferença do bloco é a parceria com um investidor institucional.
“A gente trouxe um investidor institucional para estar do nosso lado. Esse investidor, ele ajudou a gente a formatar uma governança muito sólida. Hoje, a gente funciona como uma media company, de fato”, explicou.
O executivo ressaltou o sucesso comercial do modelo.
No ciclo, a gente vai faturar quase 10 bilhões de reais quando a gente considera direito de TV, mais propriedades comerciais. Um recorde mais do que duas vezes do que foi, quando a gente compara exatamente os mesmos produtos que estão sendo negociados agora versus o que foi negociado no ciclo passado.
Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU)
A parceria de longo prazo é vista como um ativo essencial.
“Eles estão com a gente para 50 anos. Então, assim, é um parceiro de viagem que está do nosso lado, que nos ajudou a organizar essa governança, como eu falei. Então, assim, isso para a gente tem muito mais valor do que simplesmente o aporte financeiro”, refletiu.
União faz a força
O CEO detalhou que a LFU centraliza negociações coletivas, como direitos de TV, placas publicitárias e até direitos para jogos de videogame.
“O que é da individualidade de cada clube que representa ali o valor individual, fica com ele, o que a gente consegue monetizar de maneira coletiva, a gente vai trabalhar de maneira coletiva”, contou.
Lima também apontou o modelo americano como meta para o futuro do futebol nacional.
O Estados Unidos é o país mais capitalista do mundo, mas são as ligas mais socialistas do mundo que dividem melhor os seus recursos. Isso não é à toa. É porque isso melhora o produto, porque isso aumenta o bolo, porque isso dá mais dinheiro para todo mundo. Então, eu acho que a gente tem que mirar nessa direção.
Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU)
Durante o programa, o executivo analisou a polêmica envolvendo o time do Flamengo e recentes declarações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, além de comentar a arrecadação de clubes como o Corinthians.
CNN Esportes S/A
Com Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU), o CNN Esportes S/A chega à 111ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.
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