O chefe da equipe Williams, James Vowles, defendeu nesta sexta-feira (3), durante o GP de Singapura, que a Fórmula 1 avalie a possibilidade de encurtar os atuais finais de semana de corrida de três para dois dias.
A mudança teria como objetivo liberar espaço no calendário para a inclusão de mais provas.
Atualmente, a programação tradicional conta com dois treinos livres na sexta-feira, um no sábado, seguido da classificação e da corrida no domingo. Vowles sugere eliminar parte dessas atividades.
“Eu sou alguém que gostaria de debater se deveríamos ir para finais de semana de dois dias – sábado e domingo –, reduzindo a quantidade de treinos livres”, afirmou em coletiva. “Dessa forma, devolvendo 24 dias às equipes, seria possível encaixar mais algumas etapas se quisermos”.
A temporada 2025 já tem um recorde de 24 corridas, número significativamente maior do que o registrado nos anos 2000, quando os campeonatos variavam entre 16 e 18 provas.
A Fórmula 1 chegou a testar o formato de dois dias em Ímola, em 2020, por conta do calendário alterado pela pandemia, mas a ideia não avançou devido à perda de receita para os promotores.
F1: Bortoleto vê Senna, Verstappen e Schumacher como revolucionários
Segundo Vowles, essa questão precisaria ser negociada diretamente com os organizadores, que teriam de adotar um modelo de cobrança diferente. Ainda assim, ele acredita que o ganho econômico com a realização de mais corridas poderia compensar a ausência de atividades na sexta-feira.
O dirigente revelou já ter conversado sobre o tema com Stefano Domenicali, CEO da F1. “A comissão da Fórmula 1 nem sempre permite discussões estruturadas, mas acho que deveríamos considerar essa possibilidade”, disse.
A opinião encontra respaldo em Steve Nielsen, diretor da Alpine, que também vê os treinos atuais como excessivos. “Quando temos três sessões de treinos livres, o fim de semana parece muito longo. É bom para o público nas arquibancadas, mas eu apoiaria a realização de mais corridas sprint”, comentou.
Na próxima temporada, Singapura se juntará à lista de circuitos que terão formato sprint, tendência que pode ganhar ainda mais espaço. Nielsen, em tom bem-humorado, evitou cravar um número exato de provas no formato: “Mais de seis, menos de 24”.