Cientistas criam maneira de medir a idade biológica com maior precisão

Pesquisadores da Austrália e da China desenvolveram uma nova maneira de medir a idade biológica das pessoas. Em um estudo publicado na revista Engineering, em agosto, eles afirmam que a técnica com inteligência artificial (IA) é mais precisa e pode facilitar a detecção e o rastreamento de condições relacionadas à idade em pacientes cronologicamente jovens.

O envelhecimento é um processo fisiológico complexo, que acontece de forma distinta para cada pessoa. Diferentemente da idade cronológica — a contada a partir da data de nascimento —, a biológica reflete o estado funcional de órgãos e células e é influenciada por fatores como genética, estilo de vida e estresse.

Por exemplo, entre dois indivíduos que nasceram no mesmo ano, um deles pode ter a aparência mais velha ou o diagnóstico precoce de doenças relacionadas ao envelhecimento.

“Medir a idade biológica e não apenas olhar a data de nascimento de alguém pode ser muito útil para entender melhor sua saúde”, afirma Syed Islam, coautor do estudo e professor da Universidade Edith Cowan (ECU), na Austrália, em comunicado.

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Para desenvolver a nova técnica, os pesquisadores estudaram os elementos do sangue que mudam com a idade. Eles deram atenção especial ao IgG N-glicoma, estrutura do açúcar ligada aos anticorpos, e ao transcriptoma, um instantâneo da atividade genética dentro das células sanguíneas.

Ao combinar os dois conjuntos de dados com uma técnica de inteligência artificial chamada Deep Reinforcement Learning, os pesquisadores criaram o gtAge, um novo “relógio do envelhecimento”.

O método previu a idade biológica de uma pessoa com 85% de precisão, mostrando-se mais preciso do que usar apenas o IgG N-glicoma ou o transcriptoma.

O estudo foi feito com testes do gtAge de 302 adultos de meia-idade do Busselton Healthy Ageing Study, na Austrália.

Durante a pesquisa, os cientistas também descobriram que a diferença entre as idades estava ligada a marcadores de saúde relacionados ao envelhecimento, como níveis de colesterol e açúcar no sangue.

“Alguns indivíduos permanecem saudáveis até os 80 e 90 anos, enquanto outros podem sofrer declínio relacionado à idade muito mais cedo. Essa discrepância pode ser atribuída a diferenças na idade biológica, que integra fatores genéticos, de estilo de vida, nutricionais, relacionados a doenças e de saúde geral para refletir com precisão o verdadeiro processo de envelhecimento biológico”, disse o coautor do estudo, Xingang Li, em comunicado.

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Fonte: Metrópoles

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