Ícone do site O SERINGAL

Cuidando da “casa”: Mailza reúne aliados e articula unidade do progressistas com foco em 2026

Quem acompanha os bastidores do governo Gladson Cameli sabe que o movimento da vice–governadora Mailza Assis já não é mais discreto. Aos poucos e de forma calculada,
ela começou a se posicionar como o nome natural da sucessão em 2026. E, antes de mirar para fora, Mailza decidiu cuidar do que chama de “a casa”: o Progressistas.
Nesta quarta-feira (15), a vice reuniu vereadores da capital e figuras históricas do partido, entre eles os Bestene, uma das famílias mais tradicionais da sigla, para pregar unidade e diálogo interno.
O gesto tem peso político: é uma tentativa clara de evitar o racha que marcou as eleições de 2024, quando o PP se dividiu na disputa pela Prefeitura de Rio Branco e acabou sem candidato próprio, apoiando Tião Bocalom (PL), que havia sido expulso do partido meses antes.
De olho em 2026, Mailza inicia costura interna e prega união no Progressistas Desta vez, Mailza quer fazer diferente. Ela aposta no discurso de reconstrução da base e na costura silenciosa de apoios dentro da legenda. O encontro com os vereadores Elzinha Mendonça, Lucilene da Droga Vale, Samir Bestene, Bruno Moraes e Aiache, foi descrito por aliados como o “primeiro passo” de uma movimentação maior.
Mailza sabe que o cenário eleitoral de 2026 ainda está distante, mas também entende que a janela para consolidar o nome dentro do Progressistas já está aberta. E, pelo tom adotado na reunião, a estratégia é deixar claro que ela é o elo natural da continuidade do
projeto de Gladson Cameli, sem confrontos nem sobressaltos, mas
com firmeza e método.
Durante entrevista ao podcast Em Cena, do ContilNet o governador
Gladson Cameli foi direto: em 2026, haverá pelo menos dois nomes da direita na disputa pelo governo do Acre. Sem rodeios, Gladson reconheceu
que o campo conservador, que o elegeu duas vezes, não marchará unido
na próxima eleição.
A declaração soa como uma mensagem cifrada ao Progressistas, partido do próprio governador, que hoje tenta se reorganizar sob a liderança da
vice-governadora Mailza Assis. Mailza vem se movimentando
internamente, pregando união e se colocando como a sucessora natural
de Gladson, enquanto outros nomes, dentro e fora da base, como o do senador Alan Rick e do prefeito Tião Bocalom, também se articulam.
Apesar de admitir que a direita acreana deve ter pelo menos dois candidatos ao governo em 2026, o governador fez questão de reafirmar publicamente seu apoio à vice-
-governadora Mailza Assis, hoje o nome mais forte dentro do Progressistas para sucedê-lo.

A Tribuna

Sair da versão mobile