Todo o ego e vaidade do senador Alan Rick caíram por terra com a decisão da desembargadora Waldirene Cordeiro, do Tribunal de Justiça do Acre, que negou o pedido do parlamentar de adentrar nas dependências da Unidade Socioeducativa Acre, em Rio Branco, sem a devida autorização legal para realização de filmagens.
Querendo aparecer a todo custo ao forçar que a situação fosse transformada um espetáculo midiático, Alan Rick foi derrotado na justiça. Em sua decisão, disponibilizada na noite desta quinta-feira, 30, a magistrada alegou que o tribunal não tem competência para tomar decisão sobre o mandado de segurança impetrado pelo senador.
Alan Rick também cometeu uma barbeiragem jurídica ao acionar o Tribunal Pleno da corte acreana para julgar um mandato de segurança contra supostos atos de autoridades sem prerrogativa de foro. O processo foi extinto, teve o pedido de gratuidade da justiça negado e o caso foi arquivado pelo TJ.
Na última segunda-feira, 27, o senador, acompanhado de uma equipe de filmagens, tentou ir contra todos os protocolos de segurança do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE). Para assegurar a proteção e a privacidade dos adolescentes, qualquer tipo de gravação dentro de qualquer unidade precisa ser previamente comunicada e autorizada pela direção do órgão.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o senador cogitou chamar a Polícia Federal para garantir a entrada ilegal de sua equipe e passar por cima de todas as regras de segurança da unidade socioeducativa, revelando a já conhecida personalidade autoritária do parlamentar.
Por meio de uma nota pública, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) manifestou apoio e e solidariedade aos servidores do ISE, que foram desrespeitados pelo senador Alan Rick. O comunicado explicou ainda que, em nenhum momento, o parlamentar teve sua entrada negada na unidade.
