A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que ficou detida por Israel por seis dias após tentar chegar à Faixa de Gaza em uma flotilha humanitária, deve retornar ao Brasil nesta quinta-feira (9). A parlamentar foi deportada para a Jordânia na última terça-feira (7), de onde partirá para São Paulo.
A interceptação da flotilha por Israel ocorreu na noite de 1º de outubro. A flotilha Global Sumud (palavra que significa “resiliência” em árabe) era composta por embarcações que levavam civis de mais de 50 países rumo a Gaza.
Conforme divulgado pela equipe da parlamentar, ela deve desembarcar no Brasil nesta quinta-feira, no Aeroporto de Guarulhos (SP), às 10h40. A data e horário do retorno para Fortaleza (CE) ainda não foram divulgados.
Ao todo, 14 brasileiros foram presos. Dentre eles, estavam o ativista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
Em vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar disse ter sido sequestrada, por ter ocorrido em águas internacionais, e disse ter sentido na pele “o que o exército de Israel é capaz de fazer”
“Foram muitas violações, foi muita truculência, foi uma situação muito difícil. Mas eu quero dizer que com toda a dificuldade que a gente teve que lidar esses dias não tem nada comparado com mais de 10 mil palestinos presos, dentre eles 400 crianças”, afirmou.
O governo brasileiro classificou a ação de Israel como uma “interceptação ilegal e a detenção arbitrária”. “Tendo em vista o caráter pacífico da flotilha e seu objetivo de realizar entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, sua interceptação por forças israelenses constitui grave violação ao direito internacional”, frisou em nota publicada na última quinta-feira (2).