O setor público consolidado do Brasil teve déficit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 17,5 bilhões em setembro. A dívida bruta do país atingiu 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado é maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 7,3 bilhões. No entanto, ao que se refere à dívida pública, o resultado foi semelhante, já que, em setembro de 2024, o indicador chegou a 78,3% do PIB.
É o que mostra o Boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (31/10).
Nessa quinta-feira (30/10), o Tesouro Nacional informou que as contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram déficit primário de R$ 14,5 bilhões em setembro.
- Déficit é quando as despesas são maiores do que as receitas, superávit é quando acontece o contrário.
Destaques do setor público
O governo central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 14,9 bilhões e R$ 3,5 bilhão, respectivamente. As empresas estatais, no entanto, registraram superávit de R$ 1 bilhão.
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Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit primário de R$ 23,1 bilhões (o equivalente a 0,19% do PIB), ante déficit de R$ 27,3 bilhões (0,22% do PIB) nos 12 meses acumulados até julho.
Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$33,2 bilhões, o equivalente a 0,27% do PIB, ante déficit de R$23,1 bilhões, (0,19% do PIB), no acumulado do ano até agosto.
Dívida bruta
A dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu 78,1% do PIB (R$ 9,7 trilhões) em setembro, semelhante a variação registrada no mês anterior. A DBGG compreende o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos federal, estaduais e municipais.
Conforme o boletim, a evolução da dívida bruta decorreu dos juros nominais apropriados, das emissões líquidas de dívida, do efeito da valorização cambial e da variação do PIB nominal . No ano, a DBGG subiu 1, 6ponto do PIB.
A dívida líquida do setor público (DLSP) cresceu no período analisado pelo Banco Central. A DLSP atingiu 64% do PIB (R$ 8,1 trilhões) em setembro, com acréscimo de 0,6 ponto do PIB no mês.
Segundo o BC, esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, do déficit primário, da valorização cambial, dos demais ajustes da dívida externa líquida e da variação do PIB nominal. No ano, a DLSP aumentou 3,3 pontos do PIB.
- A dívida bruta é a soma de tudo o que o governo deve, enquanto a dívida líquida desconta desse total o que ele tem em reservas e aplicações financeiras.
Fonte: Metrópoles 

