Estudo: masturbação alivia sintomas da menopausa em 92% das mulheres

A perimenopausa é um período de desconforto para as mulheres, quando as taxas de ovulação e de produção hormonal diminuem, gerando sintomas que vão da dor ao urinar até as mudanças no ciclo de sono. O alívio para os desconfortos do período, entretanto, pode estar mais ao alcance das mãos do que a ciência anteriormente imaginava.

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Uma pesquisa do Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, revelou que a masturbação pode aliviar alguns sintomas das mulheres em 92% das voluntárias do estudo. A pesquisa foi realizada entre abril e agosto de 2025, com 66 mulheres entre 40 e 75 anos, residentes em 28 estados dos EUA. Todas estavam na perimenopausa ou na pós-menopausa.

 

Sintomas da menopausa

  • Irregularidades menstruais, hemorragias ou escassez no fluxo.
  • Ondas de calor ou fogachos, com episódios súbitos de sensação de calor no rosto, pescoço e na parte superior do tronco. Geralmente, vêm acompanhados de vermelhidão.
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga, dor ao urinar e escape de urina.
  • Ressecamento vaginal, dor na penetração e diminuição da libido.
  • Aumento da irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado.
  • Depressão, ansiedade, melancolia, perda da memória.
  • Mudanças no ritmo de sono.
  • Alterações no vigor da pele, dos cabelos e das unhas, que ficam mais finos e quebradiços.
  • Alterações na distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar mais na região abdominal.
  • Perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia.

As voluntárias responderam questionários e foram orientadas a variar hábitos de masturbação durante três meses, usando brinquedos sexuais doados pela marca Womanizer, que patrocinou a investigação. No início do estudo, 97% das participantes relataram sintomas típicos da menopausa, como fadiga, distúrbios do sono, suores noturnos, dores articulares e dificuldade de concentração.

O estudo foi feito intercalando duas semanas de abstinência e duas semanas com as mulheres usando a rotina preferida de masturbação para comparar os resultados. Além disso, depois foram feitas semanas intercaladas de abstinência e usos dos brinquedos sexuais. Ao longo do estudo, elas responderam pesquisas quinzenais para medir as mudanças percebidas.

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Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento O fogacho é um dos principais sintomas da menopausaAs doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheresO fogacho é um dos  principais sintomas da menopausaAs ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sonoFechar modal.1 de 7

A menopausa é caracterizada pelo desequilíbrio hormonal no organismo das mulheres

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Média de idade da mulher entrar na menopausa no  
Brasil é 48 anos; somente metade delas faz tratamento 

BSIP/UIG/Getty Images3 de 7

O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As doenças cardiovasculares, mais comuns após a menopausa, são a principal causa de morte em mulheres

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O fogacho é um dos principais sintomas da menopausa

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As ondas de calor da menopausa precoce podem ocorrer, inclusive, durante o sono

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A menopausa traz diversos impactos na vida da mulher

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Melhoras dos sintomas da menopausa

Os dados mostraram que 92,9% das voluntárias relataram melhora em pelo menos um sintoma após quatro semanas de uso do dispositivo. As maiores mudanças ocorreram em relação ao descanso e às oscilações de humor. Metade das mulheres se sentiram menos cansadas, 42% menos ansiosas e 33% tiveram menos suores noturnos.

O orgasmo se mostrou um fator relevante. Embora a masturbação isolada apresentasse efeitos positivos, as participantes que atingiram o orgasmo relataram reduções mais intensas de sintomas. Pesquisadores apontam a liberação de substâncias como ocitocina e endorfinas como possível explicação.

A pesquisa também revelou dados sobre atitudes em relação à masturbação. Mais de 90% afirmaram que praticariam a atividade com maior frequência caso soubessem que isso ajudaria a reduzir sintomas. Apesar disso, apenas 3% relataram já ter ouvido esse tema em consultas médicas.

Para os autores, esse dado expõe uma distância entre o interesse das pacientes e a prática clínica, em que o bem-estar sexual ainda é raramente considerado no tratamento da menopausa.

“As conversas sobre a menopausa frequentemente se concentram em terapia hormonal ou mudanças no estilo de vida, mas o prazer próprio continua sendo negligenciado”, afirmou a médica Cynthia Graham, líder do estudo.

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Fonte: Metrópoles

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