O FBI demitiu um agente especial que ajudou a supervisionar casos de corrupção pública, envolvendo uma investigação contra o presidente dos EUA, Donald Trump, segundo fontes familiarizadas no assunto.
Aaron Tapp, o agente especial encarregado do escritório do FBI em San Antonio, foi anteriormente o vice-diretor assistente da Divisão de Investigações Criminais na sede do FBI, onde supervisionou as investigações sobre supostos esforços de Trump para anular a eleição presidencial de 2020.
Nas últimas semanas, os republicanos divulgaram documentos do FBI com detalhes da investigação, chamada Arctic Frost, e acusaram líderes do FBI de motivações políticas ao usarem intimidações do grande júri para obter registros telefônicos.
Os registros, obtidos em 2023, abrangiam quatro dias em torno do tumulto no Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Tapp está no FBI há mais de 20 anos, de acordo com sua biografia no site da instituição.
Três ex-funcionários seniores do FBI demitidos sumariamente em agosto estão processando o diretor do FBI, Kash Patel, e a administração Trump, alegando que suas demissões foram parte de uma operação dirigida pela Casa Branca, impulsionada por intimidação nas redes sociais por parte de partidários do MAGA, informou a CNN no mês passado.
A denúncia de 68 páginas apresenta relatos em primeira mão de altos funcionários do FBI sobre as tumultuosas primeiras semanas do segundo mandato de Trump.
Altos funcionários resistiram às tentativas de demitir ou punir todos os agentes ou funcionários do FBI simplesmente por terem trabalhado em investigações criminais contra o presidente dos EUA, diz a denúncia.
Durante as audiências de confirmação no Senado, Patel e outros funcionários descartaram qualquer plano de retaliação política, apesar das repetidas ameaças de Trump em seus comícios de campanha de fazer exatamente isso.
A CNN entrou em contato com a sede do FBI e com o escritório local de San Antonio para comentar.