O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o país está acompanhando de perto os danos causados pelo Furacão Melissa e estão preparados para ajudar a Jamaica em sua recuperação.
“Por razões humanitárias, temos que fazer isso. Então, estamos observando atentamente e estamos preparados para agir. Mas está causando danos tremendos”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, a caminho da Coreia do Sul.
“Está literalmente… destruindo tudo em seu caminho”, disse Trump sobre a tempestade.
Melissa se aproxima de Cuba
Enquanto se prepara para receber o Furacão Melissa, Cuba retirou mais de 735 mil pessoas da região oriental do país, segundo informações da presidência.
Segundo o chefe da Defesa Civil, Ramón Pardo Guerra, mais de 207 mil famílias foram protegidas dos impactos da tempestade que deve afetar o país até quarta-feira (29).
Os ventos da tempestade são fortes, mas é a ameaça da água que agora ocupa o centro das atenções, enquanto o furacão de grandes proporções avança em direção ao leste de Cuba.
Espera-se que Melissa despeje de 25 a 50 centímetros de chuva no leste de Cuba, com volumes isolados de cerca de 63 centímetros sobre as montanhas.
Essa quantidade de água em terrenos íngremes provocará inundações repentinas e deslizamentos de terra com risco de morte, especialmente durante a noite, à medida que o núcleo se desloca para o interior.
A costa sudeste enfrenta um perigo ainda mais imediato: marés de tempestade de até 3,6 metros acima do nível normal da maré, com ondas grandes e destrutivas quebrando na costa.
Esse tipo de maré pode empurrar a água do mar para o interior e inundar cidades costeiras de Santiago de Cuba a Guantánamo.
Cuba está acostumada a furacões, tendo sofrido com 10 furacões de grande intensidade — ou seja, de categoria 3 ou superior — nos últimos 25 anos.
No entanto, a combinação de chuvas torrenciais, ressaca e ondas fortes fará de Melissa uma ameaça tripla particularmente perigosa. Mesmo que os ventos diminuam um pouco após a chegada à costa, a ameaça da água só aumentará.

