Gladson confirma sinal do MDB, valida projeto “Mailza 2026” e diz que abril é o limite para Bocalom e Márcio Bittar

O prefeito Tião Bocalom tem o seu principal aliado hoje, o senador Márcio Bittar, como obstáculo à sua suposta candidatura ao Governo do Acre. Ambos são filiados ao Partido Liberal, que já anunciou que, no Acre, a maior prioridade é eleger um senador. No caso, a reeleição de Bittar é a única aposta da legenda por aqui.

Isto põe Bocalom frente a frente com o próprio senador, numa briga interna pela única vaga que caberia aos liberais na chapa majoritária da direita política no estado, imaginando-se um cenário sem divisão ou rompimentos.

O prefeito de Rio Branco insiste numa campanha extemporânea, fora de época, e se apressa em pedir votos no interior, cumprindo agendas-surpresas inclusive no Juruá, se dizendo o “único que representa a direita conservadora”. Declarações, aliás, carreadas com outras, em tom de insurgência a quem mais lhe ajudou, segundo as quais, diz ele, “Mailza é centro, não direita”.

Oseringal conversou com o governador Gladson Cameli nesta sexta-feira, e abordou assuntos que enervam o bastidor do governo. E obteve a revelação, por parte do governador, de que o MDB já sinalizou que estará no palanque Mailza. Aliás, disse João Correia, ex-deputado e um dos conselheiros do partido, que não interessa qualquer diálogo com Bocalom, “uma pessoa que não se decide”, tampouco atrai o capital político de Alan Rick, a quem restou o Republicanos dirigido pelo deputado Roberto Duarte.

Cameli evitou polemizar, mas deixou claro que, hoje, tem Bocalom e Bittar como aliados.

“O que interessa ao PL?”, perguntou Cameli ao repórter, emendando a resposta: “o senado, claro”.

A declaração sugere que, a menos que Bocalom mude de partido para disputar o governo (sozinho), não haverá espaço para ele e Bittar na mesma composição, uma vez que o MDB deve indicar a vice de Mailza – no caso mais provável a ex-deputada federal Jéssica Sales.

Restaria ao prefeito da capital:

Se lançar para deputado federal, tentando eleger a esposa deputada estadual… ou cumprir o mandato até 2028 – nesse último caso gerando uma revolta de toda a base aliada, que apoiou a reeleição do prefeito de olho no comando da Prefeitura de Rio Branco no biênio 2027-2028.

Leia abaixo o que disse Cameli:

Oseringal – O senhor se vê apoiando Bocalom para o governo?

Gladson Cameli – Eu apoiei o Bocalom pra prefeito, e ele tem direito de se lançar candidato ao que desejar. Ele tem até abril de 2026 pra se decidir. Mas sabemos que alguém precisa renunciar, e eu já disse isso antes. Tudo tem um limite, e o limite é abril. Não podemos sair divididos. Eu trato tudo isso com naturalidade. Se no decorrer dessas discussões ele for o escolhido como candidato, não tem como eu não apoiá-lo. Eu já estou empenhado em buscar um consenso. E haverá muitas discussões, certamente. Hoje, naturalmente, a Mailza se qualifica na frente, pois ela é vice-governadora e será governadora quando eu renunciar para disputar o Senado. Repito: o limite é abril. Como ela (Mailza) vai abdicar da candidatura dela, sendo que isso é um direito dela também? Vamos chamar todos para uma discussão. Bocalom não é nosso adversário. Vamos lutar por uma composição ampla, sem divisão.

Oseringal – O Bittar disse que quem deve apoiar ele é a Mailza, não o contrário….

Gladson Cameli – Acho que isso foi no calor do momento. Um precisa do outro. Dentro da direita, sempre tem esses embates. Temos duas vagas pro senado, e não haverá segundo turno para isso. Temos que avaliar o que atrapalha e o que ajuda.

Oseringal – O MDB adiantou que o capital político da Mailza é muito mais atrativo.

Gladson Cameli – O Vagner Sales (presidente do (MDB) …. realmente o MDB já sinalizou esse interesse em estar do nosso lado. Cruzeiro do Sul está apaziguado (com Zequinha Lima, prefeito, e Jéssica Sales, sua oponente nas última eleição). Falta alinhavar o Alto Acre (onde Fernanda Hassen, ex-prefeita de Brasiléia, e Leila Galvão, maior liderança de oposição na região, poderão estar juntas em prol de Mailza também).

Nota da redação

Cameli demonstrou esforço em reunir todas as lideranças vitoriosas nas eleições municipais num só palanque. Disse compreender a opção de um ou outro, mas acredita que até abril as definições serão conhecidas.

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