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Governo limita saque-aniversário do FGTS; saiba o que muda

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Governo limita saque-aniversário do FGTS; saiba o que muda

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, nesta terça-feira (7/10), uma série de novas normas referentes à antecipação da modalidade do saque-aniversário. A decisão foi unânime.

As regras, que entram em vigor em 1º de novembro, estabelecem limites para a quantidade de operações por trabalhador a cada ano, o prazo das antecipações após aderir à modalidade e o valor máximo que pode ser antecipado do saque-aniversário.

O Conselho decidiu que a antecipação de valores ficará limitada a cinco anos (cinco saques-aniversários), com parcelas entre R$ 100 e R$ 500 por ano. Atualmente, o valor médio da operação é de R$ 1,3 mil.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estima que R$ 84,6 bilhões vão deixar de sair do FGTS para as instituições financeiras e passarão a ser repassados diretamente aos trabalhadores até 2030.

Também ficaram previstos:

De acordo com o MTE, as operações de alienação do FGTS somaram R$ 236 bilhões de 2020 e 2025. Atualmente, o Fundo conta com 42 milhões de trabalhadores ativos, dos quais 21,5 milhões (51%) aderiram ao saque-aniversário. Desses, cerca de 70% realizaram operações de antecipação do saldo junto às instituições financeiras.

Saque-aniversário

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Marinho critica saque-aniversário

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu as mudanças aprovadas pelo Conselho Curador e voltou a criticar a modalidade do saque-aniversário. Marinho chegou a classificar o saque-aniversário como uma “armadilha” para os trabalhadores e lembrou que, no início do ano, o governo desbloqueou cerca de R$ 12 bilhões em contas que estavam com saldo retido.

“Ao ser demitida, a pessoa não pode sacar o saldo do seu FGTS. Hoje, já temos 13 milhões de trabalhadores com valores bloqueados, que somam R$ 6,5 bilhões. O saque-aniversário enfraquece o Fundo tanto como poupança do trabalhador quanto como instrumento de investimento em infraestrutura, habitação e saneamento”, declarou o ministro.

Ele considerou a decisão do Conselho como um “belo passo” para preservação do Fundo. “O que nós estamos fazendo é o início de um processo. Se depender da minha vontade política, já tinha acabado com o saque-aniversário, puro e simples”, disse.

Para Marinho, o saque-aniversário enfraquece o FGTS e a poupança do trabalhador. “Esse dado de oito operações por ano [antecipações], na verdade, muitas vezes são saques de R$ 100. Segundo relatos, é para o ‘tigrinho’, jogo on-line”.


Fonte: Metrópoles

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