O recente roubo ocorrido no Museu do Louvre, em Paris, acendeu um sinal de alerta para instituições museológicas em todo o mundo. O caso, considerado de extrema gravidade por ter acontecido em um dos museus mais protegidos do mundo, ressalta a necessidade de reforço na segurança de acervos culturais globalmente. A análise é do historiador Paulo Garcez Marins, em entrevista à CNN.
Marins, que é diretor do Museu do Ipiranga, destacou a seriedade do incidente: “Quando o principal museu do mundo, aquele que mais recebe visitantes, aquele que certamente é o mais salvaguardado da França, sofre um tipo de ataque como esse, isso coloca todos os museus em alerta, inclusive aqui no nosso país”.
Os ladrões agiram, no domingo (19), em apenas sete minutos, violando a Galeria de Apolo e suas vitrines que abrigavam importantes peças da realeza francesa.
Desafios da proteção cultural
O especialista ressaltou que, à medida que os museus ganham maior visibilidade e atraem multidões crescentes, aumenta também a responsabilidade pela proteção física das coleções. A instituição cultural tem duplo papel: ser um espaço de compartilhamento de conhecimento e transformação social, ao mesmo tempo em que precisa garantir a segurança de seu acervo.
O incidente no Louvre foi descrito como “espetacular” e “enormemente chocante” por Marins, que enfatizou a necessidade de combater a vulnerabilidade dos museus. Apesar de incidentes similares ocorrerem com certa frequência, o caso serve como um importante lembrete da necessidade de reforçar medidas preventivas em instituições culturais ao redor do mundo.