Israel e Hamas chegam a acordo de reféns: O que acontece agora?

Israel e o grupo radical Hamas concordaram com a troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, na quarta-feira (8), como um primeiro passo de um plano de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Acredita-se que os próximos dias trarão uma onda de diplomacia, com o próprio Trump planejando ir ao Oriente Médio. Mas há muitos detalhes que não foram abordados, o que pode levar a mais rodadas de negociação.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reunirá seu governo nesta quinta-feira (9) para ratificar o acordo.

Após a aprovação as forças israelenses deverão recuar no território palestino e o Hamas terá um prazo de 72 horas para a libertação dos reféns.

Por lei, após o gabinete votar a favor do acordo, há um curto prazo para a apresentação de petições contestando as libertações dos prisioneiros palestinos; após esse obstáculo ser superado, o governo pode prosseguir com a soltura das pessoas detidas em Israel.

Somente depois dessa etapa a libertação dos reféns israelenses poderá ser feita pelo Hamas — o que, segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, poderia ocorrer até a segunda-feira (13).

Um alto funcionário da Casa Branca disse à CNN que é possível que o cronograma seja alterado.

“Assim que votarem sim, Israel terá que recuar para a linha de chegada, o que deve levar menos de 24 horas”, afirmou o funcionário. “Então, o prazo de 72 horas começa, e o Hamas tentará antecipar, se possível”, continuou ele — referindo-se ao cronograma definido no plano de cessar-fogo.

Trump também afirmou que provavelmente visitará o Egito e Israel e discursará no parlamento israelense nos próximos dias.

Mas alguns detalhes ainda precisam ser acertados. Ainda não há especificação sobre quais prisioneiros palestinos serão libertados, embora uma autoridade do Hamas tenha dito que o grupo e Israel já trocaram listas de nomes.

Fontes israelenses afirmaram que o grupo palestino pode não conseguir localizar alguns corpos de reféns.

Com esse primeiro passo, espera-se que um processo de cessar-fogo de longo prazo se desenvolva — abordando outras questões do plano, como o desarmamento do Hamas e a governança de Gaza.

Trump já havia divulgado um plano no qual um comitê palestino supervisionado por um organismo internacional administraria Gaza até que uma Autoridade Palestina reformada estivesse pronta para assumir. Esse organismo internacional seria liderado pelo próprio Trump, juntamente com outros chefes de Estado.


Palestinos na Faixa de Gaza
Palestinos transportam suprimentos humanitários em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza 20/07/2025 REUTERS/ Dawoud Abu Alkas • REUTERS/ Dawoud Abu Alkas

Entenda os termos do acordo entre Israel e Hamas

O que foi acordado: A primeira fase do plano de cessar-fogo incluirá a libertação de todos os reféns, a retirada das tropas israelenses de Gaza para uma linha previamente definida e a libertação de alguns prisioneiros e detentos palestinos.

Trump também anunciou a criação de um “conselho de paz” para manter um fim duradouro ao conflito na região.

O que permanece desconhecido: Ao anunciar o acordo, nenhuma das principais partes abordou pontos-chave do plano, incluindo o desarmamento do Hamas e a futura governança de Gaza.

Três fontes israelenses disseram à CNN que o grupo palestino pode não saber a localização ou não conseguir recuperar os restos mortais de alguns dos 28 reféns restantes.

Reconstrução da Faixa de Gaza: Trump afirmou que países do Oriente Médio ajudarão na reconstrução do território palestino, mas não ofereceu mais detalhes.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a agência “aumentará a entrega de ajuda humanitária sustentada e baseada em princípios, e avançaremos nos esforços de recuperação e reconstrução em Gaza”.

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