Jihad Islâmica diz que apoia resposta do Hamas ao plano de Trump para Gaza

A Jihad Islâmica Palestina, aliada do grupo radical Hamas, que também mantém reféns israelenses, apoiou neste sábado (4) a resposta do grupo ao plano dos Estados Unidos para encerrar a guerra na Faixa de Gaza — medida que pode ajudar a abrir caminho para a libertação das pessoas ainda detidas pelas duas as partes.

O Hamas, grupo militante palestino que controla Gaza, aceitou, na sexta-feira (3), certos pontos-chave do plano do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo o fim da guerra, a retirada de Israel e a libertação de reféns israelenses e palestinos.

A resposta do Hamas desencadeou uma onda de declarações otimistas de líderes mundiais, pedindo o fim imediato do conflito mais mortal envolvendo Israel desde sua criação em 1948 e exigindo a liberdade dos israelenses ainda mantidos no território palestino.

Um possível impulso adicional às esperanças de paz veio com uma declaração de apoio da Jihad Islâmica, apoiada pelo Irã, que é menor que o Hamas, mas vista como mais “linha-dura”.

Esperança palestina após resposta do Hamas

“A reação do Hamas ao plano de Trump representa a posição das facções da resistência palestina, e a Jihad Islâmica participou de forma responsável nas consultas que levaram a essa decisão”, afirmou o grupo.

Um alto funcionário do Hamas confirmou à CNN que uma delegação chegará na cidade do Cairo, no Egito, na noite deste sábado (4) para negociações.

A posição do grupo e seu apoio à Jihad Islâmica podem animar os moradores de Gaza, que viram uma tentativa de cessar-fogo após a outra fracassar, com os ataques israelenses atingindo a Faixa de Gaza nos últimos dois anos, criando uma crise humanitária e deslocando milhões de pessoas.

“Que o sofrimento se afaste do povo de Gaza, o povo de Gaza está entre os oprimidos da Terra, e qualquer raio de esperança para o povo oprimido é uma vitória”, declarou Sharif al-Fakhouri, morador da cidade ocupada de Hebron, na Cisjordânia.

Em meio ao otimismo, várias questões permanecem sem solução, como se o Hamas concordará em se desarmar, uma das principais exigências de Israel.

Alguns palestinos expressaram temor de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que lidera o governo mais extremista de direita, acabe se retirando de qualquer plano para acabar com a guerra.

“O importante é que Netanyahu não sabote isso, porque agora que o Hamas concordou, Netanyahu discordará, como costuma fazer”, expressou Jamal Shihada, morador de Jerusalém.

Os ataques aéreos israelenses persistiram na manhã deste sábado, mas foram menos intensos, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a suspensão dos bombardeios, afirmando que o grupo radical estava pronto para a paz.

Em sua atualização diária, o Ministério da Saúde de Gaza informou que os disparos israelenses mataram pelo menos 66 palestinos em todo o território nas últimas 24 horas.

Apoio mundial para possível fim da guerra

O gabinete de Netanyahu afirmou que Israel estava se preparando para a “implementação imediata” da primeira fase do plano de Trump para Gaza, visando a libertação de reféns israelenses após a resposta do Hamas.

Pouco depois, a mídia israelense noticiou que a cúpula política do país havia instruído os militares a reduzir a atividade ofensiva no território palestino.

O plano de Trump e a reação do Hamas conquistaram apoio em todo o mundo, da Austrália à Índia, do Canadá às capitais europeias.

“O fim desta guerra terrível está próximo”, declarou o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof.

O Hamas respondeu ao plano de 20 pontos de Trump depois que o presidente americano deu ao grupo até domingo para aceitar ou enfrentar graves consequências.

Trump, que se autodenomina a única pessoa capaz de alcançar a paz em Gaza, investiu capital político significativo nos esforços para encerrar a guerra que deixou Israel, aliado dos EUA, cada vez mais isolado no cenário mundial.

O presidente americano disse na sexta-feira (3) que acredita que o Hamas demonstrou estar “pronto para uma PAZ duradoura” e transferiu a responsabilidade para o governo de Netanyahu.

“Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos retirar os reféns com segurança e rapidez!”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

Internamente, o primeiro-ministro está dividido entre a crescente pressão para encerrar a guerra — vinda de famílias de reféns e de um público cansado da guerra — e as demandas de membros linha-dura de sua coalizão, que insistem que não deve haver trégua na campanha israelense em Gaza.

Israel começou a ofensiva em Gaza após o ataque liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 feitas reféns, segundo dados israelenses. Israel afirma que ainda há 48 reféns, 20 dos quais estão vivos.

A campanha israelense já matou mais de 67 mil pessoas em no território palestino, a maioria civis, segundo autoridades de saúde de Gaza.

“É hora de acabar com esta guerra horrível e trazer todos os reféns de volta para casa. Somos a favor da reconstrução e da reabilitação”, disse Efrat Machikawa, membro ativo do fórum de famílias de reféns de Israel e sobrinha de Gadi Moses, um refém que foi libertado em janeiro.

“Estamos fartos da guerra. Não queremos vingança. Queremos nos concentrar na vida.”

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