De saída da chefia da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo disse que definiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que deixaria o cargo para se dedicar a uma candidatura nas eleições de 2026.
Ainda segundo Macêdo, Guilherme Boulos, que assume seu lugar, “está entrando porque não será candidato, para cuidar da gestão”. Segundo fontes do Palácio do Planalto, o agora ex-ministro deve se lançar a deputado federal por Sergipe.
“Saio com a sensação da missão cumprida, porque todas as propostas que o presidente assumiu nas urnas, na campanha eleitoral, todos os programas, foram discutidos e organizados”, declarou Macêdo, em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (20).
Em mensagem junto ao vídeo, Macêdo desejou sorte a Boulos. “Para que ele possa fazer um grande trabalho e dar andamento aos projetos que estão em curso na Secretaria-Geral da Presidência”, afirmou.
Em conversa com o presidente Lula, ficou definido que deixarei o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República para disputar as eleições de 2026. Saio com o sentimento de dever cumprido e com a certeza de que entregamos tudo o que prometemos durante a… pic.twitter.com/5jmaXkVbBd
— Marcio Macedo (@MarcioMacedoPT) October 20, 2025
A mudança foi definida pelo presidente Lula após reunião com Boulos, Macêdo e os também ministros palacianos Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social), segundo nota do Palácio do Planalto.
A nomeação de Boulos deve ser publicada na edição desta terça-feira (21) do DOU (Diário Oficial da União).
A troca vinha sendo discutida há meses e foi anunciada nesta segunda. Como mostrou a CNN Brasil em maio, Boulos já havia sinalizado estar disposto a virar ministro quando foi sondado por Lula.
A troca na Esplanada representa uma tentativa do governo de se aproximar do eleitorado pensando nas eleições de 2026, uma vez que a Secretaria-Geral é a responsável pelas agendas do presidente com representantes de movimentos sociais, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ligado à militância de Boulos.
* Com informações da Estadão Conteúdo; publicado por Henrique Sales Barros