Outubro rosa: câncer de mama se manifesta em mulheres cada vez mais jovens

No Brasil e no mundo, mulheres cada vez mais jovens são diagnosticadas com o câncer de mama. Antes, a doença era comum em mulheres acima dos 50 anos de idade, hoje, ela se manifesta em faixas etárias cada vez menores.

São estimados cerca de mais de 73 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil para o período 2023-2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). O número exato de 73.610 novos casos foi projetado para o triênio 2023-2025, indicando que o câncer de mama é o tipo mais incidente na população feminina do país.

Nem sempre o fator genético é determinante para a manifestação da doença. “A maioria dos casos de câncer não são hereditários, não genéticos, né? 85% dos casos de câncer são esporádicos. Só 10 a 15% tem relação com a história familiar”, explica a mastologista Fernanda Barbosa.

Embora a ciência ainda tente encontrar uma resposta concreta para explicar o porquê do aumento de casos em mulheres jovens, o que se sabe é que a incidência tem ligação com o estilo de vida. “Sedentarismo, obesidade, ingestão excessiva de álcool [[…] são fatores de risco”, pontua a mastologista que atende pacientes há duas décadas, em São Paulo.

Os especialistas alertam para a importância do diagnóstico rápido, feito com segurança pelo exame de mamografia. Os sinais são vários, como nódulos, uma saída de líquido pelo bico, alguma assimetria de tamanho da mama, coceira no mamilo e manchas na pele.

“O rastreamento de câncer de mama na população de risco normal é mamografia anual a partir dos 40 anos”, explica Fernanda Barbosa. O exame pode ser de graça pelo SUS – o Sistema Único de Saúde.


A mastologista Fernanda Babosa alerta para o estilo de vida saudável • CNN

A influenciadora Linda Rojas, recebeu o diagnóstico do câncer de mama aos 24 anos, depois de sentir uma alteração no seio direito. O apoio da família, segundo ela, foi fundamental nesse período de tantas mudanças e incertezas.

“Eu me senti humilhada pelo câncer, porque eu tava passando pelos maiores efeitos colaterais e me olhando no espelho e vendo uma outra Linda”, confessa. Para Patrícia Seta, quando a paciente adoece, a família também adoece junto. “O trabalho com a família geralmente é com quem acompanha esse paciente e que tem afetado tanto quanto, né, de diferentes maneiras mais pelo tratamento também”, explica a psico-oncologista, que lida diariamente com mulheres e famílias de pacientes.


A psico-oncologista Patrícia Setas explica que a família também precisa de terapia durante o tratamento • CNN

Patrícia também alerta sobre como familiares e amigos podem ajudar a paciente nesse momento delicado, que é o da descoberta do câncer. “A comparação não é algo bacana de se trazer pra paciente. Essa célebre frase do ‘cabelo cresce’, ou seja, a gente fazer menos, né, daquele sentimento naquele momento. Na maioria das vezes são frases que vem com boa intenção, de tentar acolher ou de trazer algum otimismo pra paciente naquele momento, mas isso, por vezes, também abafa aquele sentimento”, conclui a psico-oncologista.

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