Numa conversa franca com a reportagem, na tarde desta quarta-feira, o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, confirmou ter deixado a missão evangelizadora que assumiu na França há alguns anos enquanto pastor da Igreja Batista do Bosque em Paris, capital daquele país.
“Estou de volta ao Acre. É Deus agindo na minha vida”, disse. Cordeiro foi deputado federal compondo a mesma bancada com Cameli. São naturais do Vale do Juruá, amigos e confidentes.
Noutra conversa com a reportagem, meses atrás (ainda não publicado), ele admite ter sido sondado pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, para ser o provável vice na chapa que rivalizaria com Mailza Assis, a candidata do governo em 2026.
“Fui procurado por aliados dele (Bocalom), mas as coisas não saíram da informalidade”, afirmou à época.
O ex-prefeito admitiu ter sido convidado pelo governador para voltar ao Acre. Lhe foi prometido um alto cargo em primeiro escalão do governo “para somar” com a governança. “Voltei, estou muito empenhado nas coisas da igreja e ainda não tive tempo de ver o governador. Teremos uma conversa em breve”, afirmou sem detalhar qual cargo ele deve assumir.
Seria uma “cartada de mestre” de Gladson Cameli para concretizar mais apoio dos evangélicos em torno de Mailza, que tem entrada muito forte no segmento.
Seria, ainda, uma prova de prestígio do governador junto à congregação, de onde saiu o primeiro suplente do senador Alan Rick, que também se diz pastor. Jemil Júnior é um dos mais antigos congregados da IBB. Alan, segundo apurou a reportagem, ficou irritado com a informação, o que dificulta ainda mais o seu propósito de reunir apoio integral da maior e mais populosa congregação do estado.
O assunto dominou o bastidor do governo, especialmente por Gladson e Ilderlei serem amigos há mais de 40 anos. Imediatamente, surgiram rumores de que ele assumiria a Segov (Secretaria de Governo ocupada pelo ex-deputado Luiz Calixto, que seria, segundo comentários, nomeado secretário de Fazenda, no lugar do atual gestor, que voltaria aos quadros do Tribunal de Contas, de onde é servidor de orígem.
A central de boatos segue intensa.