Plano de Lula contra tarifas soma R$ 6,7 bilhões em pedidos de crédito

O Plano Brasil Soberano, criado para estimular a economia e reduzir os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos sobre exportadores brasileiros, já recebeu 354 pedidos de crédito, que somam R$ 6,7 bilhões. Os números constam de um balanço interno do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), obtido pelo Metrópoles.

De acordo com o levantamento, até 9 de outubro de 2025, 273 operações haviam sido aprovadas, totalizando R$ 4 bilhões em financiamentos.

A indústria de transformação concentrou a maior parte dos recursos, R$ 3,4 bilhões, ou 85% do total liberado. Em seguida aparecem os setores de agropecuária, com R$ 265 milhões, comércio e serviços, com R$ 264 milhões e indústria extrativa, com R$ 50 milhões.

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A estimativa total de demanda de crédito no âmbito do programa é de R$ 14,5 bilhões, segundo o levantamento feito com bancos parceiros. O montante inclui valores já protocolados e pedidos em análise.

O Plano Brasil Soberano foi lançado pelo governo federal e prevê até R$ 40 bilhões em crédito via BNDES para empreendedores e exportadores afetados pelo tarifaço imposto pelos EUA. Em um mês, apenas 10% do montante foi liberado para os empresários.

Total aprovado por setor:

  • Agropecuária: R$265 milhões;
  • Comércio e serviços: R$264 milhões;
  • Indústria de transformação: R$3,4 bilhões;
  • Indústria extrativa: R$50 milhões.

Conheça a linha de crédito prevista no Plano Brasil Soberano

Em agosto, os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre uma série de bens exportados pelo Brasil. Esse movimento gerou forte impacto para empresas exportadoras brasileiras, que passaram a ver suas vendas aos EUA menos competitivas frente ao peso dos novos impostos.

Para mitigar esses efeitos, o governo federal instituiu, por meio de Medida Provisória, o Plano Brasil Soberano, com o objetivo de conceder crédito emergencial a empresas exportadoras afetadas.

O plano prevê R$ 40 bilhões em crédito para compensação das perdas, desses, R$ 30 bilhões aportarão por meio do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), enquanto R$ 10 bilhões serão disponibilizados diretamente pelo BNDES.

Quem pode participar

Para acessar essas linhas de crédito, empresas exportadoras devem atender critérios específicos. São eles:

  • Que as exportações para os EUA representem ao menos 5% do faturamento bruto total no período de julho de 2024 a junho de 2025;
  • Empresas com parcela de exportação para os EUA superior a 20% do faturamento terão prioridade no acesso a todas as linhas previstas;
  • O produto exportado precisa estar na lista de itens atingidos pelo tarifaço;
  • Empresas comerciais exportadoras, aquelas que simplesmente revendem produtos sem produção própria, não são elegíveis ao crédito emergencial do programa.

As empresas podem verificar sua elegibilidade acessando uma plataforma online do BNDES. O sistema informa se a empresa pode participar e quais modalidades estão disponíveis.

Confira as linhas de crédito apresentadas pelo BNDES e as taxas de juros:

  •  Giro Emergencial Complementar: financiamento para gastos operacionais gerais.
    – Taxa de juros: 1,15% a.m. + spread bancário.
    – Prazo: até cinco anos, incluindo até um ano de carência.
  • Giro Diversificação Complementar: financiamento para busca de novos mercados.
    Taxa de juros: 0,29% a.m. + variação do dólar + spread bancário.
    Prazo: até sete anos, incluindo até um ano de carência.



Fonte: Metrópoles

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