A arbitragem da Série A do Campeonato Brasileiro é o grande assunto do futebol nacional nas últimas semanas. Cobranças dos jogadores pela profissionalização dos árbitros de campo e do VAR se tornaram públicas após o fim da 27ª rodada da competição.
E neste domingo (12), em entrevista exclusiva à Itatiaia, o presidente da CBF, Samir Xaud, comentou o processo interno da Comissão de Arbitragem para um melhor desempenho dos juízes.
“Desde o primeiro dia nós já estávamos trabalhando na reformulação da arbitragem. Conseguimos fazer um investimento em educação continuada dos árbitros, fizemos vários encontros com eles. A CBF nunca parou de trabalhar em relação à arbitragem, queremos qualificar ainda mais. Se tornou uma prioridade até pelos últimos acontecimentos, mas nós estamos trabalhando desde o primeiro dia da gestão”, iniciou.
No último domingo (5), a Confederação afastou quatro árbitros, entre juízes de campo e de VAR, que protagonizaram decisões polêmicas na Série A.
E a profissionalização? Presidente comenta planos da Confederação
Ter árbitros profissionais é o ponto mais debatido com relação à arbitragem no Brasileirão. Pelas regras, juízes e assistentes precisam ter uma fonte de renda independente ao trabalho realizado nos campos do futebol nacional.
Na prática, eles são amadores, acostumados a atuar num meio cercado de profissionais, seja em campo ou no banco de reservas.
Sobre isso, Samir Xaud promete que a profissionalização dos árbitros será colocada em prática a partir de agora, mas não citou uma data para que o processo dê resultados.
“Estamos trabalhando na profissionalização dos árbitros, estamos discutindo há algum tempo e acredito que chegou a hora de colocar em prática tudo o que discutimos em relação à arbitragem nesses quatro meses de gestão”.
Brasileirão terá impedimento semiautomático, confirma Samir Xaud
Outra expectativa entre clubes, torcedores e da mídia que cobre o futebol nacional é pela implementação do impedimento semiautomático. A ferramenta mais moderna a ser utilizada no VAR consegue detectar jogadas de impedimento de forma robótica, evitando erros humanos na análise dos lances.
Essa tecnologia já está presente em várias ligas pelo mundo desde 2022, mas não chegou ao Brasil. A infraestrutura dos estádios e o alto custo da ferramenta são alguns dos empecilhos.
Isso, porém, mudará em 2026, quando os campeonatos nacionais terão o impedimento semiautomático, segundo o próprio presidente da CBF.
“O impedimento semiautomático está bem encaminhado e estará presente a partir de 2026 no nosso campeonato”, completou Samir Xaud.
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