Uma megaoperação contra o CV (Comando Vermelho) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), resultou na morte de 64 pessoas, sendo 60 de suspeitos e 4 policiais, entre eles dois policiais civis e dois policiais militares do BOPE. Até a última atualização, 81 pessoas foram presas.
O número de mortes é mais que o dobro da então mais letal operação policial do Rio, que ocorreu em maio de 2021, com 28 mortos no Jacarezinho.
Comunidade do Rio amanhece com fila de corpos em praça após megaoperação
De acordo com a Polícia Civil, Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral estão entre as vítimas fatais da Operação Contenção. A entidade afirmou ainda que os ataques aos policiais não ficaram impunes.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Secretaria de Polícia Civil RJ (@policiacivil_rj)
Marcus Vinícius, também conhecido como Máskara, tinha 51 anos e era chefe do 53 DP (Mesquita). O agente havia sido promovido há poucos dias.
O velório do policial ocorre na manhã desta quarta-feira (29) a partir das 8h, na capela C e o sepultamento será às 13h30, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador (RJ).

Já Rodrigo Cabral, tinha 34 anos era inspetor de polícia e atuava na 39DP (Campo Grande). Tinha acabado de se formar e atuava na Polícia Cívil há apenas dois meses.
Era casado há 17 anos e deixa uma filha. Em uma publicação nas redes sociais, a esposa de Rodrigo prestou homenagem ao marido e lamentou sua morte.
“Hoje, a dor da sua ausência é imensurável e nos rasga a alma, mas preciso encontrar forças para te dizer adeus e honrar a memória de quem você foi: um herói em sua profissão e um gigante em nossa vida… Sua dedicação como Policial Civil era a prova do seu coração corajoso. Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido. Você era um homem de princípios, de fibra e de uma coragem que inspirava a todos.”
O velório do policial tem ínicio previsto às 14h, na capela 7 e o sepultamento às 16h, no Cemitério Memorial do Rio, localizado na rua Francisco de Souza e Melo, em Cordovil (RJ).

Mortes dos PMs
Além dos policiais civis, outros dois policiais militares, identificados como Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, perderam suas vidas durante a operação. Ambos lotados no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
Os policiais chegaram a ser socorridos e encaminhados ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiram aos ferimentos.
O sargento Serafim tinha 42 anos e ingressou na Corporação em 2008. Ele deixa esposa e uma filha. O sargento Heber tinha 39 anos e ingressou na Corporação em 2011. Ele deixa esposa, dois filhos e um enteado.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo
