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Saiba quais chás não devem ser consumidos por quem usa antidepressivos

Saiba quais chás não devem ser consumidos por quem usa antidepressivos

O consumo de chás é um hábito bastante comum, especialmente para aliviar sintomas de estresse e melhorar o sono. Mas, em pessoas que fazem uso de antidepressivos, essa prática pode representar alguns riscos.

Algumas ervas contêm substâncias capazes de modificar a forma como o organismo absorve e elimina medicamentos, reduzindo ou potencializando seus efeitos. A combinação errada pode prejudicar o tratamento e desencadear reações adversas.

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Chás que interagem com antidepressivos

Certos chás contêm substâncias ativas que podem modificar a forma como o corpo absorve, processa e elimina antidepressivos. Essas ervas atuam principalmente no fígado, alterando enzimas responsáveis por quebrar os medicamentos.

Segundo a nutricionista Natashe Nassif, de São Paulo, o remédio pode ficar mais concentrado no organismo, aumentando os efeitos colaterais, ou ser eliminado mais rápido, reduzindo sua eficácia.

“Além disso, certas ervas podem afetar o pH gástrico ou acelerar o trânsito intestinal, influenciando a absorção do fármaco. Por isso, o ideal é manter um intervalo de pelo menos duas horas entre o uso do medicamento e o consumo de chás com propriedades farmacológicas mais marcantes”, aconselha Natashe.

O consumo das plantas pode gerar reações indesejadas, dependendo da dose, da frequência e da sensibilidade de cada pessoa. Especialistas ouvidos pelo Metrópoles listaram os principais chás que não devem ser consumidos durante o tratamento com antidepressivos. Confira:

Papel do metabolismo e tipos de antidepressivos

A reação entre chás e antidepressivos varia conforme o metabolismo de cada pessoa e o tipo de medicamento utilizado. Pacientes que utilizam inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) ou antidepressivos tricíclicos estão mais suscetíveis a interações.

Fatores como dose, horário de administração e estado clínico também influenciam o risco. Um chá que parece inofensivo para uma pessoa pode provocar reações indesejadas em outra. Por isso, qualquer mudança na dieta deve ser comunicada ao profissional responsável pelo acompanhamento psiquiátrico.

Luiza Esteves, endocrinologista do Hospital São Marcelino Champagnat, detalha que mesmo quando consumidos esporadicamente, a sensibilidade individual, o momento do tratamento e a combinação com outras medicações influenciam diretamente no efeito do medicamento.

“O ‘uso ocasional’ pode não ser inofensivo, especialmente em pessoas sensíveis ou em momentos de instabilidade clínica, início ou mudança de terapia. Mas o grau do impacto vai depender da dose da erva, frequência, quão potente é o antidepressivo e o estado clínico do paciente”, esclarece Luiza.

Imagem mostra vários tipos de remédios em cápsulas e comprimidos - MetrópolesAlguns efeitos colaterais comuns no uso de antidepressivos são diminuição da libido, boca seca, dor de cabeça, alterações gastrointestinais e ganho de peso

Sinais de alerta entre chás e antidepressivos

É essencial identificar sinais que indicam que a mistura entre chás e antidepressivos não está segura. Observar os sintomas é fundamental para buscar orientação médica e evitar complicações graves. Entre os principais sinais, destacam-se:

Outros sinais incluem piora do humor, aumento da depressão ou ansiedade e intensificação de efeitos colaterais já associados ao antidepressivo. Quem busca relaxamento natural pode optar por chás considerados seguros para uso concomitante com antidepressivos.

Chá de melissa, camomila, lavanda e erva-doce são opções, desde que sejam consumidos de forma moderada e sem misturas com outras ervas de efeito desconhecido. Além disso, manter hábitos saudáveis também é fundamental para equilibrar o bem-estar mental e emocional.

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Fonte: Metrópoles

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