Segundo dados do ministério da Saúde divulgados neste domingo (5), o Brasil registra 225 casos de intoxicação por metanol, sendo 209 em investigação e 16 confirmados. Em entrevista ao CNN Prime Time, o secretário estadual de Saúde de SP, Eleuses Paiva, comenta a situação da crise causada pela adulteração de bebidas alcoólicas desde o alerta emitido pela vigilância sanitária paulista em setembro.
O estado de São Paulo tem 14 casos confirmados, além de duas mortes já comprovadas, e 178 casos estão sendo investigados. “A maioria das ocorrências está concentrada na região metropolitana, incluindo o ABC e Osasco, com registros pontuais no interior do estado”, diz Eleuses.
Há dois tipos de antídotos para o tratamento de intoxicação por metanol: o etanol, já disponível em território nacional, e o fomepizol, que será importado após autorização da Anvisa.
“O estado de São Paulo tem os insumos e as condições necessárias para atender adequadamente qualquer paciente”, diz Eleuses.
O secretário reforça que as autoridades de saúde recomendam atenção ao consumir bebidas destiladas, observando elementos como lacre e selo fiscal e para procurar uma unidade de saúde em caso de sintomas como cólica abdominal, tontura, confusão mental e alteração visual após o consumo.
Anualmente, São Paulo registra entre 70 e 90 casos de intoxicação por metanol, majoritariamente envolvendo pessoas em situação de vulnerabilidade. No entanto, esta é a primeira vez que se observa um surto relacionado à contaminação de bebidas comercializadas.