Trump acompanha assinatura de acordos comerciais e cessar-fogo na Ásia

O presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou a primeira etapa de sua viagem à Ásia no domingo (26). O chefe da Casa Branca anunciou uma série de acordos comerciais e participou da assinatura de uma trégua ampliada entre a Tailândia e o Camboja, em negociação desde julho.

Seis horas após o desembarque em Kuala Lumpur, na Malásia, para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático, Trump anunciou acordos comerciais com quatro países, encontrou-se com líderes regionais e conversou com o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula disse que suas equipes iniciariam imediatamente as discussões sobre tarifas .

Trump também afirmou estar confiante em fechar um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, antes de uma reunião prevista para quinta-feira (30), quando autoridades comerciais de ambos os lados se reuniram pelo segundo dia em Kuala Lumpur e concordaram com uma estrutura para um acordo comercial.

Cessar-fogo Camboja-Tailândia

O principal objetivo de Trump no domingo (26) foi a assinatura de um acordo entre o Camboja e a Tailândia, com base em um cessar-fogo alcançado após sua intervenção para interromper confrontos mortais na fronteira, o que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz pelo Camboja.

Em uma cerimônia com os líderes tailandês e cambojano, tendo como pano de fundo a insígnia dos EUA e as palavras “Entregando a Paz”, Trump disse que o acordo demonstra a busca de paz de seu governo “em todas as regiões onde podemos fazê-lo”.

“Meu governo começou imediatamente a trabalhar para evitar que o conflito se agravasse”, afirmou Trump. “Todos ficaram surpresos por termos conseguido fazer isso tão rapidamente.”

Negociações para reduzir a guerra comerical

Ao chegar à Malásia, Trump foi recebido pelo primeiro-ministro da Malásia e por um grupo de dançarinos, parando brevemente no tapete vermelho para dançar com os artistas.

Enquanto ele se misturava com outros líderes, negociadores americanos e chineses se encontraram nos bastidores para evitar novas escaladas na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Articuladores dos EUA disseram que a reunião construiu uma “estrutura bem-sucedida” antes das negociações esperadas entre Trump e seu colega chinês Xi na Coreia do Sul.

“Acho que vamos chegar a um acordo com a China”, disse Trump a repórteres, enquanto o principal negociador comercial de Pequim, Li Chenggang, disse que um consenso preliminar foi alcançado após “consultas muito intensas”.

Ambos os lados estão tentando evitar uma escalada na guerra comercial depois que Trump ameaçou impor novas tarifas de 100% sobre produtos chineses e outras restrições comerciais a partir de 1º de novembro, em retaliação aos controles expandidos da China sobre exportações de terras raras.

Poucas horas depois de pousar na Malásia, Trump e a Casa Branca anunciaram seis acordos comerciais com quatro países, alguns inesperados, incluindo acordos envolvendo minerais essenciais com a Tailândia e a Malásia, em meio a esforços concorrentes de Pequim no setor em rápido crescimento.

A Malásia concordou em se abster de proibir ou impor cotas às exportações para os Estados Unidos de minerais essenciais ou elementos de terras raras, disseram os países. Eles não especificaram se o compromisso da Malásia se aplicava a terras raras brutas ou processadas.

Trump também anunciou estruturas detalhadas para acordos comerciais mais amplos com o Camboja e a Tailândia, enquanto a Casa Branca disse que um acordo foi alcançado com o Vietnã para permitir aos exportadores de ambos os países acesso “sem precedentes” aos mercados um do outro.

‘Os Estados Unidos estão 100% com você”

Os EUA manterão uma tarifa de 19% sobre a maioria das exportações da Malásia, Tailândia e Camboja, enquanto uma tarifa de 20% sobre o Vietnã também será mantida, informou a Casa Branca. Em todos os acordos, essas tarifas poderão ser eliminadas para determinados produtos.

Dirigindo-se aos líderes de uma das regiões mais afetadas pelas tarifas, Trump disse: “Nossa mensagem para as nações do Sudeste Asiático é que os Estados Unidos estão com vocês 100% e pretendemos ser um parceiro forte por muitas gerações.”

Lula buscará reduzir em 50% as tarifas impostas por Washington sobre produtos brasileiros em meio a tensões comerciais crescentes. Em uma publicação no X após reunião com Trump, ele disse que equipes de ambos os países “se reunirão imediatamente para avançar na busca por soluções”.

Falando ao lado de Lula, Trump expressou confiança em fazer “alguns acordos muito bons para ambos os países”.

Uma reunião com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, não estava nos planos após o fim abrupto das negociações entre os vizinhos. Trump disse no sábado (25) que aumentaria as tarifas sobre o Canadá em mais 10% “acima do que eles estão pagando agora”.

Entenda o destino dos dólares arrecadados pelas tarifas de Trump

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