Após 29 anos à frente do “Jornal Nacional”, o apresentador William Bonner, 61, deixa a bancada do telejornal nesta sexta-feira (31), dando boas-vindas a César Tralli, 54, que assume o assento ao lado de Renata Vasconcellos, 53.
Em 2026, Bonner passa a se dedicar ao programa “Globo Repórter”, onde se juntará a Sandra Annenberg. A ideia é reduzir a carga de trabalho para ter mais tempo com a família e outros projetos pessoais.
Antes mesmo de eternizar o clássico “boa noite” no “Jornal Nacional”, Bonner teve passagem pelo “Fantástico”, atração dominical da emissora carioca.
A estreia, considerada calma, ocorreu em 1988, quando o programa completava 15 anos e passava por uma grande reformulação. Ao lado de Valéria Monteiro e Sérgio Chapelin, a cada domingo, o jornalista construía uma imagem cada vez mais forte ao lado do público.
“No mesmo dia em que fui convidado para o programa, quando voltei para o hotel, fiquei sentado na cama e pensei: ‘agora quero fazer o ‘Jornal Nacional’”, disse ele em entrevista ao Memória Globo.
Antes de alcançar o sonho, o apresentador seguiu na bancada do “Show da Vida” até dezembro de 1990, acumulando a função com a apresentação do “Jornal da Globo”, onde ficou de 1989 a 1993; e, novamente, do “Jornal Hoje”, onde assumiu os postos de editor-chefe, com o jornalista Carlos Absalão, e de apresentador, ao lado de Cristina Ranzolin.
“Foi quando o ‘Fantástico’ começou a intercalar jornalismo com variedades, em vez de você ter um setor de jornalismo fixo, estanque, no jornal, com as notícias do dia. Não era assim. Você começou a intercalar uma coisa e outra. Então, ele [José-Itamar de Freitas, diretor-geral de 1977 a 1991] fazia um pré-espelho: página um, abertura forte, assunto do dia muito forte; página dois, um assunto mais leve do dia em nota; página três, musical; página quatro, variedade; página oito, comercial; aí, no outro, nota mais ou menos forte. Ele começou a estabelecer categorias de notícias. […]”, contou.
“E o ‘Fantástico’ era um sucesso estrondoso de audiência. Mas ele era um alquimista de um espelho. Ele criou e só ele conseguia controlar. Então, era um programa riquíssimo. Eu sou muito fã do ‘Fantástico’, destacou William.
