O comissário da NBA, Adam Silver, anunciou que as jogadoras da WNBA, liga feminina de basquete dos Estados Unidos, devem receber aumentos significativos de salário no próximo acordo coletivo de trabalho (CBA), que substituirá o atual que expira em 31 de outubro. Em entrevista nesta terça-feira (21/10) ao programa Today, da NBC, Silver afirmou que as atletas “merecem”.
O CBA é um conjunto de regras que define salários, benefícios, horários, direitos de imagem, férias, teto salarial e participação na receita da liga. Ou seja, estabelece quanto e como os jogadores podem receber, mas cada jogador ainda tem seu contrato individual dentro das regras.
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De acordo com o termo, atualmente, as jogadoras da WNBA recebem cerca de 9% da receita da liga, enquanto os jogadores da NBA recebem aproximadamente 50%. No momento, os salários das jogadoras da WNBA variam de US$ 66 mil a $ 249 mil, dentro de um teto salarial de US$ 1,5 milhão por time.
Silver argumentou que essa diferença se deve ao tamanho e à escala financeira das duas ligas, tornando inadequada uma comparação direta entre as porcentagens.
“Acho que você deveria analisar em números absolutos, em termos do que eles estão ganhando. E eles vão ter um grande aumento neste ciclo de negociação coletiva, e eles merecem”, disse.
As negociações para o novo CBA estão em andamento, com a expectativa de que um acordo seja alcançado antes do início da temporada de 2026. Além de aumentos salariais, as jogadoras estão buscando melhorias em benefícios, um teto salarial mais flexível e um sistema de divisão de receitas mais equitativo.
A disparidade salarial entre a NBA e a WNBA evidencia as diferenças de receita, visibilidade e investimento histórico entre o basquete masculino e feminino nos Estados Unidos.
De acordo com o Spotrac, enquanto LeBron James, estrela dos Los Angeles Lakers, recebe um salário base de mais de US$ 52 milhões por temporada, A’ja Wilson, referência do Las Vegas Aces e múltipla MVP da WNBA, tem um salário base de cerca de US$ 200 mil dólares. Essa diferença astronômica, que ultrapassa 260 vezes apenas considerando os salários exibe a realidade financeira das duas ligas.
Fonte: Metrópoles