A pele é o maior órgão do corpo e, ao mesmo tempo, um dos mais negligenciados pelos brasileiros. Uma pesquisa realizada em agosto de 2025 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou que 54% da população nunca consultou um dermatologista.
Entre os idosos com mais de 60 anos, a situação também é preocupante: 46% nunca procuraram avaliação especializada. Apesar de muitos acreditarem que consultas dermatológicas servem apenas para questões estéticas, a visita regular ao especialista é fundamental para identificar problemas que podem evoluir para doenças graves, incluindo câncer de pele.
“Muitas pessoas acreditam que só devem procurar um dermatologista quando há sintomas visíveis, mas alterações sutis podem indicar problemas graves que só um exame cuidadoso consegue identificar”, explica a dermatologista Raphaella Marques, do Rio de Janeiro.
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A avaliação com dermatologista também ajuda a identificar sinais de envelhecimento, inflamações e infecções silenciosas, orientando sobre proteção solar e cuidados preventivos.
Sinais dermatológicos que exigem atenção
Algumas mudanças na pele não podem ser negligenciadas. Confira alguns sinais na pele que não podem ser ignorados:
- Feridas que não cicatrizam.
- Lesões que sangram espontaneamente.
- Manchas que mudam de cor, tamanho ou formato.
- Pintas com bordas irregulares.
- Coceira persistente.
- Dor ou desconforto na pele.
- Descamação intensa e caroços subcutâneos.
Além desses sinais, os especialistas reforçam que qualquer mudança súbita ou persistente na pele merece atenção, mesmo quando não causa dor ou incômodo visível. Alterações cutâneas podem indicar problemas hormonais, metabólicos ou de órgãos como fígado e tireoide.
Manchas escuras em dobras, ressecamento, queda de cabelo, acne adulta e unhas frágeis podem sinalizar desde resistência à insulina até deficiências nutricionais. Detectar essas alterações aumenta as chances de tratamento bem-sucedido e evita complicações graves, incluindo casos de melanoma.
“Muitas vezes, pequenas alterações na pele são os primeiros sinais de que algo no organismo não está funcionando corretamente”, afirma o clínico geral Marcelo Bechara, de São Paulo.
Prevenção e cuidados com a pele
Evitar a automedicação continua sendo um dos cuidados mais importantes para a saúde da pele, já que o uso de produtos inadequados pode causar irritações, queimaduras químicas ou piorar lesões existentes.
A prevenção inclui hábitos diários simples, como o uso de protetor solar, hidratação adequada e atenção à exposição ao sol, que protegem a pele do envelhecimento precoce e de doenças mais graves.
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Fonte: Metrópoles

