A China está redefinindo o cenário global da transição energética ao disponibilizar equipamentos de energia limpa a preços acessíveis para países emergentes.
O analista de internacional da CNN Brasil, Lourival Sant’Anna, destacou, durante participação no WW, que a movimentação os afasta gradualmente da influência americana e europeia neste setor.
Esta mudança significativa foi exibida em reportagem do jornal norte-americano “The New York Times”, revelando uma nova dinâmica no mercado de energias renováveis.
Com um investimento massivo de US$ 225 bilhões, a China estabeleceu uma forte presença no mercado de equipamentos de energia solar, eólica e baterias elétricas.
Além da fabricação em larga escala, o país também expandiu sua influência através da instalação de fábricas em outras nações, consolidando sua posição como líder global neste segmento.
Impacto nos países emergentes
O novo paradigma já apresenta resultados práticos em várias nações. O Nepal, por exemplo, reduziu significativamente as tarifas de veículos importados a combustão, tornando os veículos elétricos mais acessíveis à população.
Já a Etiópia adotou uma postura mais radical, proibindo a importação de automóveis movidos a combustíveis fósseis.
Esta transformação ocorre em um momento em que as nações desenvolvidas não cumpriram integralmente suas promessas de financiamento climático.
Enquanto a União Europeia e o Reino Unido estabeleceram metas mais ambiciosas para redução de emissões, outros países ricos não acompanharam o mesmo ritmo.
A estratégia chinesa não apenas impulsiona a transição energética global, mas também estimula a inovação em diversos setores.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, focados em fontes renováveis de energia, estão gerando avanços tecnológicos que se estendem a outras áreas industriais, consolidando um novo motor para o desenvolvimento econômico mundial.

