A nova série da HBO Max “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada“, lançada na última quinta-feira (13), conta a história da socialite Ângela (Marjorie Estiano) e sua colaboração com o feminismo e o empoderamento.
Outro foco da trama é o fim da vida da protagonista, que foi tirada por seu então namorado, Doca Street (Emílio Dantas), no réveillon de 1976, com quatro tiros a queima-roupa.
Quem é Doca Street
Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca, nasceu em 1934. Empresário, ele foi casado e teve filhos com essa esposa, a qual não há informações, mas distanciou-se para se relacionar com Diniz.
Aos 34 anos, começou o relacionamento com Ângela, que tinha 32. Ficaram juntos durante pouco mais de três meses, quando o namorado assassinou a socialite com quatro tiros a queima-roupa, em Búzios, no dia 30 de dezembro, em decorrência de uma das brigas entre eles. Após o crime, Doca desapareceu por algumas semanas, se entregando para a polícia em janeiro de 1977.
No primeiro julgamento, em 1979, o empresário foi sentenciado a 18 meses de reclusão, tendo sua pena reduzida a partir da alegação de legítima defesa da honra. Esse posicionamento do júri gerou revolta nos movimentos feministas da época, que geraram um novo julgamento do caso em 1981, condenando-o a 15 anos de prisão.
Em 2006, Doca lançou um livro, contando sua versão da história do assassinado, intitulado “Mea Culpa”. De acordo com ele, o que ocorreu naquele dia foi que, Ângela teria tentado terminar o relacionamento, dizendo que só o manteria caso o namorado aceitasse dividi-la com outros parceiros. Ele teria sido agredido por uma mala em meio a discussão, e dentro dela, ele ainda teria encontrado a arma que o levou a matá-la.
Com a sua saída do cárcere, Doca voltou a trabalhar no mercado financeiro e no comércio de automóveis. Faleceu em dezembro de 2020, em decorrência da Covid-19, aos 86 anos.
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